Candidatos pedem anulação de concurso do TJ/RS

Candidatos pedem anulação de concurso do TJ/RS

Conforme o grupo, diversos participantes não se sentiram bem pela falta de ar-condicionado e ventiladores, e alguns locais não tinham água nos bebedouros

Cláudio Isaías

Grupo encaminhou documentos ao Ministério Público

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Um grupo de candidatos que realizou o concurso público para o cargo de Oficial de Justiça classe O do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJ/RS) pediu a anulação da disputa. A solicitação foi feita durante audiência na Promotoria de Justiça de Defesa do Patrimônio Público de Porto Alegre, no prédio das Promotorias de Justiça do Ministério Público (MP), no bairro Santana. Marcos Bonorino, Gisele Ávila e Evelise Bertotti Felisberti foram recebidos pelo coordenador-geral da promotoria, Fernando Sobroza, e apresentaram provas de que foram prejudicados durante a realização do exame, no dia 16 de fevereiro, por falta de estrutura capaz de amezinzar o forte calor na Capital.

Eles levaram materiais e relataram os fatos que ocorreram durante a realização da avaliação que teve duração de quatro horas (das 9h às 13h). Bonorino informou que os termômetros marcavam 36 graus e que o local onde foi realizada a prova de 80 questões – o prédio da Faculdade Anhanguera, na avenida Cavalhada, na zona Sul – não tinha ar-condicionado nem ventiladores. "O fato mais estranho é que os candidatos foram transferidos para um prédio anexo da instituição de ensino e tiveram que atravessar a avenida Cavalhada. Uma situação estranha para quem vai prestar um concurso público", ressaltou. Ele explicou que, durante o trajeto, houve comunicação entre os concorrentes, o que é uma situação estranha ao edital.

Já Evelise relatou que fez a prova na sala  305, do prédio 1 da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (Pucrs), onde segundo ela, não foram ligados nem ar-condicionado nem ventiladores. "Também haviam três janelas abertas que não impactavam na melhoria do calor", explicou. Situação semelhante, conforme os candidatos ocorreu no prédio 50 da instituição de ensino. De acordo com Bonorino, diversos participantes não se sentiram bem em razão do calor e lguns locais não tinham água nos bebedouros.

Os candidatos vão solicitar as imagens das câmeras de videomonitoramento da Faculdade Anhanguera para ser entregue na Promotoria de Justiça de Defesa do Patrimônio Público de Porto Alegre.  O professor Dirceu José Minetto, que estava na frente do prédio da Faculdade Anhanguera no domingo passado, foi testemunha e falou sobre o que presenciou no domingo passado. Um total de 18 mil pessoas se inscreveram na disputa que oferece três vagas.

Resposta do TJ

Em resposta ao pedido de anulação, o TJ afirmou por meio de uma nota só houve o relato de um caso, acompanhado de perto pela Comissão do Concurso." "Foi o caso de pessoa com deficiência que, inclusive, fazia a prova em sala separada desde o início - justamente em razão de suas condições de saúde. O acompanhamento médico foi feito na hora, com a chamada inclusive de familiar para acompanhamento", diz o texto.

Em relação à situação da faculdade Anhanguera, ocorreu problema com o ar-condicionado e a questão foi rapidamente resolvida, com a troca dos candidatos de sala, informa o comunicado. "Sobre a falta de ar condicionado em algumas salas do prédio 50 da PUCRS - onde estava a coordenação do concurso -  considera-se que não houve prejuízo, pois todas as salas tinham ventilação suficiente. E como foi registrada abstenção de mais de 40% no dia, com as ausências havia salas praticamente vazias (ou , pelo menos, com poucos candidatos)", lê-se.

Por fim, o Tribunal afirma que "intercorrências pontuais e sem qualquer transtorno evidenciado de forma específica ou com a mínima possibilidade de quebra da isonomia entre os candidatos".

 

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