Carlos Wizard pede para depor por videoconferência na CPI da Covid

Carlos Wizard pede para depor por videoconferência na CPI da Covid

Empresário acusado de integrar o gabinete paralelo tem depoimento na quinta-feira (17), mas está nos Estados Unidos

R7

Carlos Wizard tem depoimento previsto para a quinta-feira

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O empresário Carlos Wizard pediu à CPI da Covid para depor por meio de videoconferêcia. Wizard tem depoimento previsto nesta quinta-feira (17), mas alega que está nos Estados Unidos desde o dia 30 de março em viagem, acompanhando tratamento médico de familiar.

A defesa do empresário também pediu o acesso aos documentos da CPI sobre a investigação que envolve o empresário.

Wizard é suspeito de integrar o gabinete paralelo de aconselhamento do presidente Jair Bolsonaro durante a pandemia. A CPI investiga o quanto o gabinete influenciou o presidente com opiniões contrárias à ciência e que atrapalharam no combate à pandemia.

O convocado é defensor do tratamento precoce, chegou a ser indicado para ocupar um cargo no Ministério da Saúde e pode ser levado de forma coercitiva à CPI, caso não compareça à oitiva.

Nesta semana, a CPI deve ouvir também o ex-secretário de Saúde do Amazonas Marcellus Campelo, o ex-governador do Rio de Janeiro Wilson Witzel e o auditor do TCU (Tribunal de Contas da União) Alexandre Marques. 

O depoimento de Campelo está previsto para terça-feira (15). O estado entrou em colapso no início de 2021 com falta de leitos de UTI e de oxigênio medicinal nos hospitais, onde dezenas morreram asfixiadas. Além disso, a PF (Polícia Federal) apura desvio de dinheiro do combate à covid-19, a partir de suposta organização criminosa. Na operação, o órgão prendeu o ex-secretário.

Witzel será ouvido nesta quarta-feira (16), segundo a pauta. O ex-chefe do Executivo Estadual foi impichado após a acusação de crime de responsabilidade por um suposto esquema de corrupção em contratações da Secretaria de Saúde do Rio de Janeiro para enfrentamento da pandemia de covid-19.

No dia seguinte, a comissão ouvirá, de acordo com o calendário, Alexandre Marques, autor de um relatório que levantava suspeitas sobre o número de mortes por covid-19 no país. O documento foi citado pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) para apoiadores e desmentido pelo TCU. O funcionário, inclusive, foi afastado do grupo que supervisiona gastos relativos a pandemia. No mesmo dia, está previsto o depoimento de Carlos Wizard.

Já na sexta-feira (18), os especialistas Ricardo Dimas Zimermann e Francisco Eduardo Cardoso Alves falarão aos membros sobre medidas de combate à covid-19. Ambas presenças dos médicos estão confirmadas.


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