Carreata lembra a importância da vacinação contra a poliomielite em Porto Alegre

Carreata lembra a importância da vacinação contra a poliomielite em Porto Alegre

Veículos percorreram avenida Assis Brasil, Parque Moinhos de Vento, Parque Farroupilha, Usina do Gasômetro e Parque Marinha do Brasil

Christian Bueller

publicidade

Dezenas de carros participaram de uma carreata, ontem, pelo pelo fim da poliomielite, promovida pelo Distrito 4670 do Rotary International, em Porto Alegre. A campanha Polio Plus, criada pela entidade em âmbito mundial, foi o primeiro programa a abraçar a erradicação da paralisia infantil por meio da vacinação de crianças em grande escala. Os veículos, liderados pelo Zé Gotinha, símbolo da imunização contra a doença, passaram pela avenida Assis Brasil, Parque Moinhos de Vento, Parque Farroupilha, Usina do Gasômetro e Parque Marinha do Brasil.

Coordenador distrital da subcomissão da Polio Plus, José Luiz Marocco Feijó, conhece muito bem o assunto. Desde os dois anos de idade, ele convive com as sequelas da poliomielite. “Perdi a força na perna esquerda. É uma lesão irreversível. É a doença que mais forma deficientes físicos no planeta. Não tem cura, mas tem prevenção, que só acontece por meio da vacina”, explica. Atualmente, aos 72 anos, Feijó é um atuante defensor da causa e lamenta a diminuição da taxa de imunização registrada nos anos recentes. “A paralisia infantil está erradicada no Brasil desde 1994, o último caso é de 1989, mas a população precisa estar consciente. As gerações mais novas de pais e mães mais novos não viram casos da doença e alguns estão relaxando na vacinação”, reitera.

Feijó lembra que a população de crianças que precisam se vacinar é de 11 milhões no país. “Qualquer 10% que não receber a dose, será de mais de um milhão de crianças sem cobertura, é perigoso. Há dois países endêmicos, Paquistão e Afeganistão. Tendo focos da poliomielite por lá, pode chegar aqui em questão de horas, viaja com o indivíduo”, alerta o representante do Distrito 4670 de Rotary. Em 1988, a entidade e seus parceiros formaram a Iniciativa Global de Erradicação da Polio (GPEI), ocorriam 350 mil casos de pólio por ano em 125 países. A redução de lá para cá é de 99,9%.

A eliminação total da doença, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), ocorrerá somente se os países realizarem campanhas de vacinação em massa com a vacina oral contra a pólio (VOP). O Dia Mundial de Combate à Poliomielite foi estabelecida em 24 de outubro pela entidade para celebrar o nascimento de Jonas Salk, virologista e epidemiologista norte-americano, líder da primeira equipe que desenvolveu o imunizante contra a doença.


Mais Lidas

Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895