Censo 2022 já contou quase 2,5 milhões de pessoas no RS

Censo 2022 já contou quase 2,5 milhões de pessoas no RS

A operação, iniciada em 1º de agosto, recenseou até segunda-feira mais de 58 milhões de pessoas no país

Christian Bueller

Os dados foram apresentados pelo coordenador operacional do Censo no RS, Luís Eduardo Puchalski

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O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou, nesta terça-feira, o primeiro balanço da coleta do Censo Demográfico 2022. A operação, iniciada em 1º de agosto, recenseou até segunda-feira mais de 58 milhões de pessoas, destas, quase 2,5 milhões no Rio Grande do Sul, o que representa 4,28% da população. Cerca de um milhão de domicílios já foram contados, dos quais 962 mil respostas vieram de questionários presenciais, 2,3 mil pela internet e 1,7 mil por telefone.

A pesquisa incluiu as populações indígenas (450 mil pessoas contadas no Brasil até o momento e 4.399 no Estado) e quilombolas (386 mil pessoas no país e 3.791 no RS). “Quanto aos quilombolas, mesmo sendo um levantamento parcial, já é um número inédito, pois é a primeira vez que estamos fazendo esta investigação”, explica o gerente técnico do Censo 2022, Luciano Duarte.

De acordo com ele, a pirâmide etária parcial já revela o envelhecimento da população. “Já conseguimos observar um topo mais avolumado e picos nas idades de 40 e 20 anos, conforme o esperado. Os indicadores de qualidade vêm mostrando que a informação é consistente”. Da contagem populacional nacional feita até o momento, 47,8% são homens e 52,2% mulheres, número similar no RS.

Os dados regionais, apresentados pelo coordenador operacional do Censo no RS, Luís Eduardo Puchalski, demonstram um déficit de recenseadores de 27% e 11.232 vagas disponíveis no Estado. “Pessoas aprovadas em concursos estão sendo chamadas e preparadas. Mas, acredito que as coletas terminem apenas entre novembro e dezembro deste ano”, revelou.

De acordo com o IBGE, há falta de pessoal para atuar em alguns locais e o instituto está com 78,8% do total nacional de vagas de recenseadores preenchidas no momento. O estado com maior déficit é o Mato Grosso, com 51,2% das vagas ocupadas. Alagoas está com 99,6% dos postos preenchidos.

Como reconhecer um recenseador

De acordo com o IBGE, 2,3% dos domicílios visitados se recusaram a responder. Ainda que o tempo médio para as respostas tenha sido de apenas seis minutos para o questionário básico, muitas pessoas se esquivam de atender os recenseadores, seja por falta de tempo ou interesse e, até mesmo, por insegurança. Puchalski detalhou como um coletor de dados estatísticos do Censo devem se apresentar.

“Colete e boné azuis-marinhos identificados com o IBGE, crachá de identificação exposto no colete que inclui um QR Code conduzindo ao site com os dados do recenseador, o respondendo.ibge.gov.br, e um dispositivo móvel de coleta (DMC), onde são as armazenadas as respostas”, relata.

O IBGE divide o país em 452.246 setores censitários urbanos e rurais, dos quais 38,4% já estão sendo visitados pelos 144.634 recenseadores. O estado mais adiantado em termos percentuais é o Rio Grande do Norte, com 53% dos setores censitários trabalhados, seguido por Pernambuco (52,45%) e Distrito Federal (52,04%). O estado de Mato Grosso tem a menor proporção, com 21,81%, seguido de Roraima (25,75%) e São Paulo (29,63%). É possível acompanhar o andamento da coleta por estado e por município pelo site. Mais informações pelo telefone 0800 7218181.


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