Centrais sindicais acreditam na adesão de rodoviários e metroviários à greve geral

Centrais sindicais acreditam na adesão de rodoviários e metroviários à greve geral

Comando estima a participação de 150 municípios gaúchos no protesto contra a Reforma da Previdência

Christian Bueller

Em Porto Alegre, um ato unificado será realizado às 18h na esquina democrática

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Representantes de 11 centrais sindicais falaram nesta quarta sobre as estratégias para a greve geral contra a Reforma da Previdência, prevista para sexta, que deve se repetir no restante do país. “É o fim da aposentadoria como a conhecemos. Não podemos deixar para nossos filhos menos que os nossos pais”, disse Claudio Correa da Força Sindical. Corroborando com o que o Sindicato dos Metroviários do Rio Grande do Sul (Sindimetrô/RS) já havia anunciado, os líderes sindicais informaram que os trens não funcionarão entre a meia-noite até 23h59min. Em nota, a entidade orientou os usuários a não se deslocarem até as estações. Em assembleia, a classe aceitou a proposta do Trensurb a respeito do acordo coletivo de trabalho, mas mantevea participação na greve, também em reivindicação contra uma possível privatização da empresa.

No caso dos rodoviários, o presidente estadual da Central Única dos Trabalhadores e Trabalhadoras (CUT-RS), Claudir Nespolo, revela que a adesão definitiva da classe, tanto da capital quanto da região metropolitana, ainda depende de negociações, mas está otimista. “O sindicato tem um problema de interferência da Justiça, há multas por greves, eles estão tentando administrar a situação, mas deverão estar com a gente”, prevê.

Os ônibus metropolitanos também devem parar. De acordo com o diretor da Central Geral dos Trabalhadores do Brasil, Eder Pereira, os rodoviários de Viamão, Gravataí, Alvorada, Canoas, Novo Hamburgo e São Leopoldo devem aderir ao movimento. “Estão todos unidos e organizados para que o sistema de transporte e toda a alimentação de deslocamento não tenha na Região Metropolitana para vir a Porto Alegre”, explicou o dirigente sindical.

Um ato acontecerá na Esquina Democrática, no Centro de Porto Alegre, a partir das 17h. Estudantes e professores se encontrarão em frente a Faculdade de Educação (Faced) da Ufrgs para se juntar ao ato. “Estamos combatendo os cortes de verbas nas universidades, mas nos uniremos na construção desta manifestação contra a reforma”, destacou a representante do Diretório Central dos Estudantes (DCE) da Ufgrs, Ana Paula Santos. Os líderes sindicais garantem que não haverá nenhuma ação durante a visita do vice-presidente Hamilton Mourão por Porto Alegre, na tarde de amanhã, tampouco, bloqueios em vias públicas.

O comando de greve estima a participação de 150 municípios na greve de sexta-feira. Nespolo citou a adesão de trabalhadores de indústrias dos setores calçadista, químico, alimentício e metalúrgico. “Em todas essas cidades vão ter atos no final da tarde”, projetou.


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