Cerca de 25% dos infectados pela Covid no RS trabalham em frigoríficos, revela MPT

Cerca de 25% dos infectados pela Covid no RS trabalham em frigoríficos, revela MPT

Até o momento, foram notificadas cinco mortes de empregados e 12 óbitos de parentes ou amigos de funcionários

Rádio Guaíba

Estima-se que os frigoríficos empreguem em torno de 65 mil pessoas no Rio Grande do Sul

publicidade

O Ministério Público do Trabalho informou que subiu para 32 o número de plantas frigoríficas no Rio Grande do Sul com trabalhadores infectados pelo novo coronavírus. Até o momento, 4.957 trabalhadores tiveram teste positivo para a Covid-19, o que representa cerca de um 1/4 dos 20,8 mil contaminados citados no boletim oficial da Secretaria Estadual da Saúde.

Já morreram cinco empregados e 12 parentes ou amigos de funcionários desse tipo de empreendimento. O óbito mais recente ocorreu nesta terça, tendo como vítima um trabalhador da unidade da Seara/JBS de Três Passos.

Estima-se que os frigoríficos empreguem em torno de 65 mil pessoas no Rio Grande do Sul. Conforme o anúncio, unidades localizadas em 23 municípios tiveram casos de coronavírus: Arroio do Meio, Carlos Barbosa, Caxias do Sul, Encantado, Farroupilha, Garibaldi, Lajeado, Marau, Nova Araçá, Osório, Passo Fundo, Poço das Antas, Presidente Lucena, Santa Maria, São Gabriel, Seberi, Serafina Correa, Tapejara, Teutônia, Três Passos, Trindade do Sul, Vila Lângaro e Westfália.

Foram firmados 11 termos de ajuste de conduta (TACs) com empresas que possuem 22 unidades frigoríficas no Rio Grande do Sul. Segundo o órgão, as plantas se comprometeram a adotar medidas de prevenção. Em todo Brasil, 81 já foram contempladas com TACs, abrangendo 170 mil trabalhadores.

Conforme o MPT, os frigoríficos são ambientes propícios para a disseminação do vírus, já que há elevada concentração de trabalhadores em ambientes com pouca circulação de ar, temperatura baixa, umidade e proximidade entre os trabalhadores. Além disso, o MPT pontua que os funcionários também se submetem a aglomerações em refeitórios, salas de descanso, vestiários e barreiras sanitárias das empresas, assim como no transporte coletivo.


Mais Lidas





Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895