Cerca de 300 antenas de telefonia devem ser instaladas em Porto Alegre no começo de 2019

Cerca de 300 antenas de telefonia devem ser instaladas em Porto Alegre no começo de 2019

Lei foi sancionada nesta terça-feira pelo prefeito Nelson Marchezan Júnior

Mauren Xavier

Com as novas regras, processo de instalação será agilizado

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Após a sanção da lei das antenas, deverão ser instaladas cerca de 300 estações transmissoras de rádio comunicação nos primeiros meses de 2019. A estimativa é de crescimento de até 25% do que existe atualmente. A previsão foi anunciada nesta terça-feira pelo presidente do Sindicato Nacional das Empresas de Telefonia e de Serviço Móvel Celular e Pessoal (SindiTelebrasil), Eduardo Levy, que acompanhou a sanção da nova legislação sobre o assunto em Porto Alegre.

Ele reconheceu que havia um passivo que estava represado aguardando a mudança na lei. "Essa é a melhor lei de infraestrutura do país", ressaltou. Com maior rede, a expectativa é que a qualidade do serviço seja qualificada. Na solenidade, o prefeito Nelson Marchezan Júnior, ressaltou a previsão na melhora na qualidade dos serviços.

“As operadoras não terão mais a desculpa que não tem uma legislação que permita colocar as estruturas físicas para que a gente tenha a conectividade desejada”, afirmou.

Na prática, com as novas regras, o processo de instalação será agilizado. À Prefeitura caberá a decisão sobre a questão urbanística do local onde haverá a instalação das antenas. Neste ponto, explicou o procurador-geral do município, Nelson Marisco, a possibilidade de contrapartidas. Por exemplo, ao instalar em um ambiente público, a empresa poderá oferecer contrapartidas, como liberação de wifi ou melhorias. Ele explicou ainda que a legislação da capital apenas adapta-se a do governo federal, que já está em vigor há quase uma década.

Segundo a lei, está autorizado o autolicenciamento para a instalação das antenas por parte das empresas de telefonia, o que vai agilizar o procedimento e facilitar o incremento da infraestrutura de telecomunicações. "É uma simplificação de procedimentos e licenciamentos. Existia no passado, uma discussão muito grande sobre as implicações das radiações das antenas. Cabe à Anatel o controle e análise de situações que permitem a instalação de uma estação. O licenciamento passa a ser, por conta da própria legislação, da Anatel", explicou. 

Assim, a autorização final seguirá com a Anatel, que avaliará ainda os impactos do funcionamento dos equipamentos. "Caberá à Anatel ampliar a sua função de origem que é a de fiscalização. Analisar se os níveis (radioelétricos) estão realmente adequados. E em relação a preocupação da população, temos encontrados níveis muito a baixos dos limites estabelecidos pela Anatel", explicou o gerente regional da Anatel, Rafael de Lima. 

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