Cerca de dois terços dos municípios devem pagar salários de dezembro em dia, aponta CNM

Cerca de dois terços dos municípios devem pagar salários de dezembro em dia, aponta CNM

Estudo mostrou que uma das soluções para não atrasar a folha de pessoal é a postergação dos pagamentos de fornecedores

Correio do Povo

Conforme variação do INPC, benefício deveria ter chegado a R$1.042,71 neste ano

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Cerca de dois terços das administrações municipais devem pagar os salários do mês de dezembro em dia e 26,8% dependem de receitas extras para efetuar o pagamento. Os dados constam da pesquisa O pagamento do 13º Salário pelos Municípios brasileiros em 2019, divulgada nesta sexta, pela Confederação Nacional de Municípios (CNM). O levantamento foi realizado entre os dias 6 de novembro e 12 de dezembro deste ano, com a participação de 4.618 municípios, ou seja, 82,90% dos 5.568.

Segundo o estudo, uma das soluções encontradas para não ocorrer o atraso da folha de pagamentos do pessoal é a postergação dos pagamentos de fornecedores. Dos municípios que responderam o questionário, 48,3% afirmaram que estão com pagamentos de fornecedores atrasados. Sobre a capacidade de fechar as contas de 2019, 45,3% destacaram que conseguirão, enquanto 15,7% afirmaram não ser possível e 37,8% dependem de receitas extras.

Em relação ao pagamento do 13º salário, foi constatado que 51,6% dos municípios pesquisados optaram pela parcela única. Para esses, 74,7% farão o pagamento único até 20 de dezembro. Por outro lado, apenas 5,2% disseram que vão atrasar o pagamento.

Além disso, a pesquisa mostra que algumas medidas se tornaram necessárias por parte das prefeituras para enfrentar a crise. Várias ações foram adotadas, sendo a redução das despesas de custeio apontada por 3.488 prefeituras. Em seguida, vêm a redução no quadro de funcionários (1.988), a redução dos cargos comissionados (1.878) e a desativação de veículos (1.519).

A questão dos Restos a Pagar (RAP) continua sendo um problema para as prefeituras: 2.546 municípios irão deixar RAP para o próximo ano, o que corresponde a 55,1% dos pesquisados. Já aqueles que não vão deixar RAP correspondem a 884 ou 19,1%. Os demais 1.148 (24,9%) não sabem e dependem de receitas extras. 

Apesar das dificuldades, os municípios estão conseguindo cumprir os limites de gastos com pessoal e encargos sociais previstos na Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). Dos pesquisados, 4.199 (90,9%) estão com o limite do gasto com pessoal sob controle.


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