Cercamento e retirada do passivo ambiental marcam início das obras do Cais Mauá

Cercamento e retirada do passivo ambiental marcam início das obras do Cais Mauá

Com previsão inicial de 24 meses, a expectativa é que esse estágio seja reduzido para um ano e meio

Henrique Massaro

Com previsão inicial de 24 meses, a expectativa é que esse estágio seja reduzido para um ano e meio

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A primeira fase da revitalização do Cais Mauá, em Porto Alegre, já começou. Desde o começo desta segunda-feira está ocorrendo o cercamento do local para o início das obras, que durante essa semana também passa por retirada do passivo ambiental. Com R$ 140 milhões já garantidos, essa etapa deve estar funcionando a pleno dentro de três meses.
Ela prevê a restauração de 11 armazéns que serão voltados a eventos, cultura, gastronomia e comércio.



Com uma previsão inicial de 24 meses, a expectativa é que esse estágio seja reduzido para um ano e meio. Até sexta-feira, o espaço entre o muro da Mauá e os armazéns deve estar dividido em dois. O lado mais próximo à avenida fica reservado para veículos do Corpo de Bombeiros, da Companhia Estadual de Energia Elétrica (CEEE) e para o acesso ao Catamarã, já a parte mais perto do Guaíba é destinada ao trânsito de máquinas, equipamentos, caminhões e operários.

Quando essa fase chegar ao seu auge, estima-se que um total de 2,5 mil pessoas estejam trabalhando na obra. Além da divisão e da montagem do canteiro central e outros de menor proporção ao longo de onde estão localizados os armazéns, são instalados espaços como uma rede provisória de energia, uma central de concreto e vestiários para os trabalhadores. Paralelo a isso, começa a ser executado o plano apresentado à Secretaria Municipal do Meio Ambiente e da Sustentabilidade (Smams) para obtenção da licença ambiental. Empresas contratadas pelo Consórcio Cais Mauá começam a remover os passivos acumulados nos armazéns, que são enviados para análise.

Depois disso, a obra em si pode ser iniciada. O objetivo é eliminar quaisquer riscos para todos que passam pelos locais. No armazém C4, por exemplo, há resíduos de fertilizantes, já no A5 e no A6, resquícios de subestações de energia foram encontrados. Os armazéns A7 e B3, por sua vez, têm tanques de combustível enterrados e que serão retirados com o auxílio de retroescavadeiras. Nos seis espaços restantes não foram encontrados passivos ambientais.

Além da revitalização dos armazéns, até dezembro de 2019 deve-se concluir a restauração de quatro guindastes e do antigo prédio do DEPREC, mantendo características em Art Decó. Tão logo essa fase termine, a intenção dos responsáveis pela obra é conseguir uma Licença de Operação (LO) junto à Prefeitura para começar imediatamente a etapa seguinte. “A gente não quer que exista uma parada, queremos uma continuidade”, explica o diretor de operações do Consórcio Cais Mauá, Sérgio Lima.

As proporções da obra já chamam a atenção no interior dos armazéns, que vão precisar de diversas restaurações diferentes, como nas colunar de sustentação, nos portões e na troca dos telhados. A ideia é que, ao começar a fase seguinte, não reste mais nenhum detalhe a ser resolvido na parte de armazéns para que já comecem a funcionar. Os lojistas e responsáveis pelos espaços vão receber caderno técnico com orientações e regras a serem cumpridas. A segunda fase da obra diz respeito a parte de docas, com previsão de construção de prédios comerciais e complexos de eventos. No entanto, de acordo com o diretor de operações, está sendo estudado a possibilidade de se continuar o empreendimento pela etapa que seria a última, o Gasômetro. Nessa parte, estão previstos um centro comercial horizontal e opções de lazer, entretenimento e negócios.   




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