Circuito de corridas reúne diversos atletas em Porto Alegre

A alegria de conseguir completar a prova ou a superação em melhorar a cada disputa. Essas foram apenas algumas das sensações que se misturaram na edição do Santander Track&Field Run Series, que ocorreu neste domingo, em Porto Alegre. Um dos mais tradicionais e, atualmente, o maior circuito de corridas de rua da América Latina teve a edição deste ano iniciada neste fim de semana, com as provas disputadas em São Paulo – na região do Parque Ibirapuera – e na Capital gaúcha, com a etapa Praia de Belas. A competição reuniu atletas de todas as idades, que se dividiram nas categorias de cinco e dez quilômetros, masculino e feminino. No sábado ocorreu a corrida dedicada às crianças de 4 a 11 anos, com largada às 16h30min.

O percurso feito por cerca de mil competidores teve a largada na avenida Praia de Belas e passou por ruas no entorno. Os primeiros a cruzarem a linha de chegada foram os participantes dos cinco quilômetros. Adélio dos Santos, 24 anos, morador de Porto Alegre foi o mais rápido. “Estou muito feliz com meu desempenho. Atualmente estou entre os cinco melhores aqui do Estado, mas o esporte ainda é pouco incentivado. Não me considero profissional porque exerço outra atividade”, pondera. Na categoria feminina, Elenir Stropper, 51, levou a melhor. “Eu participava nos 10 quilômetros, por seis anos fui a vencedora, porém dei uma pausa e agora retornei nos cinco”, detalha.

Corredor com experiência, o porto-alegrense Jeferson Lopes, 32 anos, foi o melhor nos 10 quilômetros. “Corro há 13 anos, ano passado conquistei a primeira colocação nos cinco. Estou feliz com o ritmo durante a prova”, frisa. Ele concluiu a prova com a marca de cerca de 35 minutos. Até o fechamento dessa reportagem o tempo exato dos competidores não havia sido divulgado. A mulher mais rápida foi Marlei Willers, 40 anos, com pouco mais de 40 minutos. A moradora de Dois Irmãos conta que começou a correr por diversão há cerca de um ano. “O esporte é individual e traz muitos benefícios para a saúde.”

A bordo de sua cadeira de corrida, quem também fechou os 10km com um sorriso largo no rosto foi a triatleta Danielle Nobile, 33 anos, natural de Ribeirão Preto, interior de São Paulo, é moradora de Porto Alegre. Experiente, pousou para fotos e contou os passos da sua superação. “Eu corro há 11 anos, mas precisei me readaptar após sofrer um acidente em 2012 enquanto estava indo trabalhar. Eu capotei o veículo oito vezes. Acabei indo parar em uma cadeira de rodas”, detalha. Há cinco, a companheira do esporte é a cadeira. Em suas redes sociais, a professora maratonistas se apresenta como a primeira mulher cadeirante triatleta do Brasil. Acostumada com o esporte, após o acidente que lesionou a cervical, na altura da C7, precisou se redescobrir. Desde então, não parou mais.