Comércio de Porto Alegre sente novos casos de contaminações por Covid-19

Desde a primeira semana de 2022 que sintomas adquiridos após as festas de final de ano trouxeram preocupação à boa parte da população sobre a possibilidade de nova onda de infecções por Covid-19. Um surto atingiu servidores do Paço Municipal a ponto do prefeito Sebastião Melo fazer o teste, que deu negativo. Em outros setores como o comércio, por exemplo, algumas lojas têm sentido baixas de pessoas com resultado positivo para o coronavírus.

De acordo com o boletim mais recente divulgado pelo Sindicato dos Empregados no Comércio de Porto Alegre (Sindec-Poa), eram 162 profissionais infectados ligados ao comércio varejista e atacadista da Capital. Em farmácias, foram 88 casos e, em estabelecimentos no ramo alimentício, como bares, restaurantes e similares, onde está enquadrado o setor de supermercados, o número chegou a 1.656. Estes dados deverão ser atualizados nos próximos dias pela entidade, que reforça o uso de máscaras, em especial, nos locais fechados, sempre que possível lavar as mãos e quando não houver outro meio, utilizar álcool em gel 70%.

O Sindec-Poa também orientou que galerias, shoppings e lojas de grande porte verifiquem a temperatura dos comerciários e de clientes. “Dê atenção aos sintomas e, se necessário, afaste o funcionário. Se possível no retorno de férias, folga ou feriados prolongados, o ideal é que as empresas façam testes em seus funcionários, até para evitar um surto e fechar o estabelecimento”, divulgou a entidade.

O apelo se estende aos clientes que passam pelos estabelecimentos e que também devem respeitar os protocolos sanitários adotados desde o início da pandemia. O Sindilojas Porto Alegre não tem um levantamento sobre números específicos de infectados, mas recebeu depoimentos de associados sobre aumento de casos no período.

Cuidados

Os cuidados são reiterados pelo Sindicato de Hospedagem e Alimentação de Porto Alegre e Região (Sindha), segundo seu presidente Henry Chmelnitsky. O dirigente também relata ter recebido relatos de que estabelecimentos que tiveram o quadro reduzido temporariamente em virtude de infecções recentes por Covid-19. “A ômicron e a Influenza estão se alastrando horizontalmente e isso afeta a todos os segmentos. Temos funcionários e, também, familiares, infectados. Mas, tivemos apenas 2,6% de contaminação, um dos setores com menos casos”, garantiu.

Segundo Chmelnitsky, a categoria continua firme na manutenção dos protocolos, bandeira do setor, para que as atividades não sofram nova parada este ano. “Teremos uma curva e vamos passar por percalços, mas não acredito em mais fechamentos. Haverá restrições pontuais, mas o passaporte sanitário é o melhor combate para evitar que paralisações ocorram”, opina o presidente do Sindha.