Comércio do Centro de Porto Alegre apresenta intensa movimentação
Funcionários das lojas atribuíram o intenso movimento ao fato de que muita gente decidiu aproveitar o pagamento do salário para conferir as promoções
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A reabertura das lojas de rua, dos centros comerciais, dos shoppings e restaurantes na manhã desta segunda-feira resultou em uma grande movimentação de pessoas no Centro Histórico de Porto Alegre. Nas lojas, os funcionários atribuíram o intenso movimento, ao fato que muita gente decidiu aproveitar a semana de pagamento do salário para conferir as promoções e queima de estoques feita pelos lojistas.
Por volta das 10h, a circulação de pedestres era intensa nas ruas dos Andradas, Doutor Flores e Voluntários da Pátria. Em uma loja da rua dos Andradas, os clientes chegaram para conferir as promoções e os funcionários tiveram que controlar o aceso do público ao estabelecimento.
Na entrada das lojas foi realizada a verificação da temperatura e oferecido álcool em gel aos clientes. Outro ponto de movimento de consumidores foi a rua Voluntários da Pátria, no trecho entre a Praça Parobé e a rua Doutor Flores. A manhã de segunda-feira também foi de movimento forte de pessoas nos terminais de ônibus das avenidas Salgado Filho e Borges de Medeiros.
O movimento de pessoas nos shoppings João Pessoa, Total, Rua da Praia, Iguatemi, BarraShoppingSul e Praia de Belas foi tranquilo na manhã de segunda-feira. Na chegada, os vigilantes verificavam o uso da máscara, que é obrigatório, e havia a medição da temperatura.
Os locais mais procurados pelo público nos shoppings foram as lotéricas, as agências dos Correios e os bancos. Os restaurantes de Porto Alegre reabriram para o atendimento ao público. No horário do almoço, os estabelecimentos localizados no Centro Histórico e no bairro Bom Fim apresentaram um movimento tranquilo. Dentro dos estabelecimentos os clientes com máscara receberam luvas de plástico para que pudessem se servir no buffet.
A Associação Brasileira de Bares e Restaurantes no Rio Grande do Sul (Abrasel no RS) realizou uma pesquisa que mostrou que se continuar neste ritmo, o colapso no ramo da gastronomia pode gerar consequências graves à economia do Rio Grande do Sul. O levantamento aponta que cerca de 80% dos estabelecimentos demitiram funcionários durante a pandemia do coronavírus, sendo que metade daqueles que não tiveram cortes na equipe ainda, pretendem fazer para tentar equilibrar as contas.
O endividamento das empresas atinge 85,7% e causa reflexos aos cofres públicos com dois terços deixando de pagar impostos. A pesquisa mostrou que 56,8% dos estabelecimentos podem fechar as portas em definitivo nos próximos 60 dias e que 83,8% dos bares e restaurantes trabalham à noite, sendo que 26,9% funcionam apenas no período noturno.
O estudo aponta ainda que 57,3% dos estabelecimentos concentram mais de 40% do seu faturamento nos finais de semana e 79,5% dos bares e restaurantes demitiram funcionários durante a pandemia da Covid-19. Além disso, mais 10,4% não demitiu ainda, mas pretende fazer.
O levantamento feito pela Abrasel no RS mostrou ainda que 76,9% dos estabelecimentos operou com prejuízo em fevereiro e que apenas 4,2% dos empresários obtiveram lucro no mês. Já 85,7% dos empresários ouvidos pela pesquisa possui dívidas em aberto e 66,2% deixaram de pagar impostos em função da crise econômica causada pela pandemia.
