Começa a comemoração aos 44 anos do Brique da Redenção

Começa a comemoração aos 44 anos do Brique da Redenção

Primeiro dia de festa foi recheado de atrações

Christian Bueller

Evento contou com show da banda Alma Gaudéria

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Um dos pontos mais tradicionais de Porto Alegre iniciou a comemoração dos seus 44 anos neste domingo (20), integrando a celebração dos 250 anos da Capital. O Brique da Redenção, que semanalmente reúne cerca de 300 expositores e recebe milhares de pessoas no Parque Farroupilha, teve seu primeiro dia de festa recheado de atrações, mesmo com o clima acabrunhado.

No próximo domingo (27), será a segunda parte do evento, com as atividades que ocorreriam dia de 13 de março, mas foram adiadas por conta do mau tempo.

Em frente ao Monumento ao Expedicionário, junto à avenida José Bonifácio, foi instalada a Escolinha de Trânsito da Brigada Militar para as crianças. Com carrinhos e motocicletas de brinquedo à disposição, famílias inteiras participavam da brincadeira que, na verdade, trata de um assunto bem sério.

“São atividades lúdicas, já observando as regras de circulação porque os carros são equipados com cinto de segurança e, para andar nas motos, nenhum condutor pode seguir sem capacete”, ensinou o tenente Manoel Nunes de Lima, do Comando Rodoviário da Brigada Militar (CRBM).

Ainda, pela manhã, houve exposição de viaturas antigas da BM, como um Fusca, ano 1971, que participou de inúmeros patrulhamentos e, atualmente, repousa no Museu Histórico da Corporação.

Muitos expositores estiveram vestidos a caráter, lembrando os primeiros tempos, como a presidente da Comissão Deliberativa dos Antiquaristas do Brique da Redenção, Renita Stieler. Frequentadora desde 1982, expõe suas pratarias e porcelanas há cinco anos. “Foi uma paixão fulminante. Saindo da igreja, num domingo de manhã, passei para ver e isso me acompanha a vida inteira”, conta. Ela diz trabalhar no lugar onde mais ama estar, em meio a gazebos que exibem diversos produtos, divididos em artesanato, alimentos, antiquários e artes plásticas. “Existem pessoas que compram colecionáveis, gibis, vinis, selos, itens do futebol à militaria, uma infinidade de opções. É sempre uma imagem feliz de reencontro das famílias com suas histórias”, relata uma elegante Renita, toda de preto, com seu chapéu panamá com flores de seda e ornada com colares de pérolas e camafeu.

A família de Richard Ducker era só sorrisos ao chegar na Redenção. A esposa Joana não se cansava de tirar fotos dos pequenos Eduardo e Henrique, de seis e dois anos de idade, respectivamente. Este domingo foi de fato, um reencontro. “Faz tempo que a gente não vinha, chegou a abrir um solzinho e decidimos vir. Sair um pouco de casa e ver gente”, salientou, momentos antes do show da banda Alma Gaudéria. O grupo tradicionalista gaúcho também era uma das atrações dos 44 anos do Brique, que tocou um pouco antes da apresentação da Cadica Cia. de Dança. A festa contou com a participação do prefeito Sebastião Melo.

A feira começou a funcionar em 18 de março de 1978. A administração municipal da época reuniu um grupo de pessoas para que desenvolvessem um projeto de implantação de uma feira de antiguidades, a partir dos modelos já existentes de San Telmo, em Buenos Aires, e do Mercado de Pulgas, em Montevidéu. A Feira das Pulgas, como foi denominada na ocasião, era composta de 24 expositores que comercializavam objetos antigos. Quatro anos depois, um grupo de 40 artesãos e artistas plásticos liderados por Paulo Filber e Berenice Aurora, começaram a expor seus produtos no parque, ao lado do Mercado de Pulgas. Em 26 de outubro de 2005, foi sancionada a lei que declarou o Brique da Redenção integrante do patrimônio cultural do Rio Grande do Sul.

Domingo que vem, a festa continua:

27 de março 2022

10h - Desfile e exposição do Veteran Car Club do Brasil RS

11h - Apresentação e desfile do Conjunto de Folclore Internacional Os Gaúchos

12h - Show musical The Travellers Country Rock

13h - Palco interativo (sonorização à disposição para apresentações musicais espontâneas)


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