Confirmado primeiro caso de coronavírus no Rio Grande do Sul

Confirmado primeiro caso de coronavírus no Rio Grande do Sul

Paciente tem 60 anos e reside em Campo Bom

Correio do Povo

Exame no Lacen é feito a partir da carga genética do vírus

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O primeiro caso de coronavírus no Rio Grande do Sul foi confirmada nesta terça-feira. Segundo informações da Secretaria Municipal de Saúde da Campo Bom, a doença atingiu um homem de 60 anos na cidade do Vale do Sino. Ele apresentou sintomas há algumas semanas quando retornou no dia 23 de fevereiro da Itália, o segundo país com o maior número de infecções e óbitos no mundo, atrás apenas da China, onde o patógeno sarS-CoV-2, que causa a doença, surgiu.

Com este caso, o número de atingidos pela Covid-19 chega a 26 no Brasil, conforme os últimos dados do Ministério da Saúde, disponibilizados na segunda-feira à tarde. Ao todo, são 930 suspeitas em território nacional, das quais 112 estão no Rio Grande do Sul (12,04% dos casos).

O paciente de Campo Bom foi imediatamente isolado por orientação da Secretaria, que seguiu protocolo do Ministério da Saúde. Ele encontra-se em bom estado de saúde e seus familiares não apresentam sintomas. A secretária municipal Suzana Ambros informou que o paciente está sendo monitorado. Ela lembrou que a situação dele só está sob controle devido aos protocolos e cuidados dispensados, o que reforça a importância da comunidade em fazer uso das medidas preventivas.

Agora, o Rio Grande do Sul deve passar ao nível 1 do seu plano de contingenciamento. Permanecerá assim até 100 casos confirmados dispersos no Estado ou quando a letalidade mundial ultrapassar 3%. Entres as ações previstas estão a disponibilização de 30 leitos de enfermaria em cada Macrorregião de Saúde e 30 leitos de UTI em hospitais de referência. 

Na segunda-feira, 9, o Laboratório Central do Estado finalizou os primeiros testes de Covid-19 em território gaúcho. A instituição começou a realizar as análises na última sexta-feira, com o apoio de técnicos da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), do Rio de Janeiro, que produz os insumos para os exames e é para onde a Secretaria da Saúde (SES) enviava as amostras com as suspeitas da infecção. O exame é um teste de biologia molecular que identifica a carga genética do vírus. A cada rodada, com cerca de 30 testes ao mesmo tempo, são utilizados um exemplar positivo e o outro negativo para controle, a partir de amostras de secreções das vias respiratórias (do nariz e garganta) dos pacientes suspeitos.


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