Confronto durante manifestação tem 10 pessoas feridas em Porto Alegre

Confronto durante manifestação tem 10 pessoas feridas em Porto Alegre

Tumulto em acesso de prédio administrativo da prefeitura teve agressões físicas e ofensas verbais

Mauren Xavier

Confronto durante manifestação tem 10 pessoas feridas em Porto Alegre

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O bloqueio de um acesso lateral do prédio administrativo da Prefeitura de Porto Alegre terminou em confronto entre integrantes da Guarda Municipal e servidores públicos. O embate ocorreu por volta das 9h desta sexta-feira, quando os servidores fizeram uma espécie de cordão humano na entrada, proibindo o ingresso de qualquer pessoa ao prédio. Em seguida, agentes da Guarda começaram a retirá-los. Neste ponto houve o confronto, com agressões físicas e troca de ofensas verbais. Segundo o sindicato que representa a categoria, o Simpa, no mínimo 10 pessoas ficaram feridas em função do confronto e foram levadas para atendimento médico no Hospital de Pronto Socorro.

Muitos servidores foram atingidos com cacetete e spray de pimenta, especialmente no rosto. Algumas pessoas foram empurradas e acabaram caindo no chão. O confronto mais intenso durou cerca de cinco minutos e foi marcado pela grande tensão de ambos os lados. Isso porque alguns servidores gritavam "que ambos estavam do mesmo lado e que eram colegas", uma vez que a Guarda Municipal é formada por funcionários municipais enquanto se empurravam. Porém, enquanto o bloqueio do portão não foi totalmente desfeito, o confronto não terminou. Neste momento inclusive houve novas trocas de ofensas entre servidores que apoiavam e os que rejeitavam o ato. Isso porque a ação da Guarda foi no sentido de permitir o acesso a quem quisesse entrar no prédio, onde estão concentradas várias secretarias municipais.



Uma dos servidores atingidos foi o professor Thiago Santin, de 28 anos, e que há dois atua na Secretaria de Educação. Com os olhos irritados em função do spray de pimenta, ele lamentou o confronto, uma vez que o protesto busca a preservação dos direitos. “Na escola onde trabalho teve um professor que foi ameaçado de morte e neste caso não tinha apoio da Guarda Municipal. Daí venho aqui e apanho deles por um protesto justo”, desabafou. Segundo o Simpa, deverá ser movida ação contra a Prefeitura pela agressão aos funcionários.

Pouco depois do confronto, o secretário de segurança de Porto Alegre, Coronel Kleber Senisse, chegou ao local e foi cobrado da atitude dos integrantes da Guarda Municipal e chegou a ser empurrado por manifestantes. Depois acessou o prédio da prefeitura, sem se manifestar. A Guarda Municipal foi procurada para se manifestar em relação ao confronto mas não se manifestou.

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