Confronto durante manifestação tem 10 pessoas feridas em Porto Alegre
Tumulto em acesso de prédio administrativo da prefeitura teve agressões físicas e ofensas verbais
publicidade
Muitos servidores foram atingidos com cacetete e spray de pimenta, especialmente no rosto. Algumas pessoas foram empurradas e acabaram caindo no chão. O confronto mais intenso durou cerca de cinco minutos e foi marcado pela grande tensão de ambos os lados. Isso porque alguns servidores gritavam "que ambos estavam do mesmo lado e que eram colegas", uma vez que a Guarda Municipal é formada por funcionários municipais enquanto se empurravam. Porém, enquanto o bloqueio do portão não foi totalmente desfeito, o confronto não terminou. Neste momento inclusive houve novas trocas de ofensas entre servidores que apoiavam e os que rejeitavam o ato. Isso porque a ação da Guarda foi no sentido de permitir o acesso a quem quisesse entrar no prédio, onde estão concentradas várias secretarias municipais.
Uma dos servidores atingidos foi o professor Thiago Santin, de 28 anos, e que há dois atua na Secretaria de Educação. Com os olhos irritados em função do spray de pimenta, ele lamentou o confronto, uma vez que o protesto busca a preservação dos direitos. “Na escola onde trabalho teve um professor que foi ameaçado de morte e neste caso não tinha apoio da Guarda Municipal. Daí venho aqui e apanho deles por um protesto justo”, desabafou. Segundo o Simpa, deverá ser movida ação contra a Prefeitura pela agressão aos funcionários.
Pouco depois do confronto, o secretário de segurança de Porto Alegre, Coronel Kleber Senisse, chegou ao local e foi cobrado da atitude dos integrantes da Guarda Municipal e chegou a ser empurrado por manifestantes. Depois acessou o prédio da prefeitura, sem se manifestar. A Guarda Municipal foi procurada para se manifestar em relação ao confronto mas não se manifestou.