Consulta pública sobre vacinação infantil tem problemas

Consulta pública sobre vacinação infantil tem problemas

Usuários recebem mensagem de que "número máximo de pessoas" já havia respondido ao formulário e não conseguem enviar dados

R7

Anvisa aprovou vacinação de crianças de cinco a 11 anos no Brasil

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O formulário para consulta pública sobre vacinação de crianças, disponibilizado pelo Ministério da Saúde, às 23h59min da quinta-feira, apresentou instabilidades na manhã desta sexta-feira. Usuários de todo o país registraram por meio das redes sociais problemas para acessar o documento. 

Usuários relataram dificuldades para realizar o envio das respostas à Consulta Pública SECOVID/MS nº 01/2021. Ester Araújo Andrade Evangelista compartilhou nas redes sociais um alerta com a mensagem de que "o número máximo de pessoas já respondeu a este formulário".

Por volta das 11h30min, a reportagem do R7 tentou acessar segundo formulário disponibilizado pelo site e o processo foi concluído com êxito.

O deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) também disse que enfrentou problemas ao tentar responder às perguntas sobre a vacinação infantil. "Fui opinar na consulta pública do @minsaude contra a obrigatoriedade da vacinação de crianças de 5 a 11 anos, porém fui informado que o número máximo de pessoas já havia preenchido o formulário", escreveu.

A usuária Verenice, de Sorocaba, interior de São Paulo, disse que preencheu todo o questionário e ao enviar as respostas se deparou com a mesma mensagem "Consulta falsa. Já tem até o resultado", compartilhou no twitter.

O empresário Thiago Silva também relatou falhas ao acessar o site. "A consulta pública sobre vacinação de crianças, aberta hoje, já está com problemas. Ao concluir o preenchimento, o site acusa que 'o número máximo de pessoas já responderam'".

O usuário José Silveira Leite compartilhou a mensagem sobre a impossibilidade de registrar as respostas no formulário. "Não tem como votar na pesquisa sobre a  obrigatoriedade da vacinação em crianças".

O estudante de economia, Victor Andreoni, também registou o problema. "Como que o @minsaude abre ontem de noite uma consulta pública sobre vacinação de crianças (o que por si só já é ridículo), aí chega hoje antes de meio dia e o limite máximo de respostas já foi atingido? Esse governo é uma vergonha".

Na manhã desta sexta-feira, o ministro da saúde Marcelo Queiroga avisou por meio de sua conta no Twitter que a consulta pública sobre a vacinação de crianças havia sido dispobibilizada. "Colocamos no ar a consulta pública sobre a vacinação de crianças de 5 a 11 anos. A consulta visa proporcionar transparência sobre as ações do @govbr para toda população, em especial aos pais, para que tenham segurança sobre as medidas que o Governo venha a implementar."


O R7 questionou o Ministério da Saúde sobre os motivos que levaram à instabilidade, mas até a publicação da reportagem não obteve resposta. 

Vacinação infantil

O Ministério da Saúde abriu, nesta quinta-feira, consulta pública sobre a vacinação contra a Covid-19 de crianças e adolescentes de 5 a 11 anos. A medida segue até o dia 2 de janeiro. A decisão de inclusão ou não dessa faixa etária no Programa Nacional de Imunizações (PNI) vai ocorrer, por sua vez, em 5 de janeiro.

O ato, que fixa o prazo para registro das contribuições até 2 de janeiro, foi publicado no Diário Oficial da União (DOU) da última quarta-feira e é assinado pela secretária extraordinária de enfrentamento à Covid-19, Rosana Leite.

"Não é uma eleição para saber quem quer e quem não quer. É ouvir a sociedade. Depois, essas contribuições são analisadas pela área técnica, se faz uma audiência pública, em que se discutirá o aprofundamento desse assunto, e, após, o ministério fará as suas considerações ou recomendações", disse o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, na última segunda-feira (20).

O uso da vacina contra a Covid-19 da Pfizer em crianças de 5 a 11 anos de idade foi aprovado no último dia 16 pela Agência de Vigilância Sanitária (Anvisa). Segundo o gerente-geral de Medicamentos e Produtos Biológicos da instituição, Gustavo Mendes, a segurança do imunizante e o número de infectados nessa faixa etária foram determinantes para a aprovação. A imunização será feita em duas doses, com intervalo de três semanas entre elas.

Os membros da Câmara Técnica de Assessoramento em Imunização da Covid-19 (CTAI Covid-19), ligada ao Ministério da Saúde, emitiram, por unanimidade, um parecer favorável ao uso da Pfizer em crianças de 5 a 11 anos. Na análise, os técnicos destacaram a importância da proteção dessa faixa etária, que registrou 6.163 casos e 301 mortes pela doença desde o início da pandemia.


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