Controle da pandemia passa por vacinação, reitera Queiroga

Controle da pandemia passa por vacinação, reitera Queiroga

Ministro da Saúde também revelou “tratativas avançadas” para a compra de 100 milhões de vacinas da Moderna

Correio do Povo e Aristóteles Júnior / Rádio Guaíba

Ministro volta a prestar depoimento na CPI da Covid-19 no dia 8 de junho

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O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, confirmou, na manhã desta quinta-feira, que o Rio Grande do Sul receberá cerca de 395 mil doses de vacina contra a Covid-19 nos próximos dias. “Trabalhamos todos os dias para antecipar doses de vacina. Sabemos que no inverno, a circulação do vírus é maior no Sul do Brasil. Temos que trabalhar forte para ampliar a vacinação”, afirmou durante entrevista ao programa Agora da Rádio Guaíba. “A prioridade do governo é ampliar a campanha de vacinação. Entendemos que o controle da pandemia passa obrigatoriamente por uma campanha de vacinação bem sucedida”, completou. 

Queiroga revelou que o Governo Federal está em “tratativas avançadas” para a compra de 100 milhões de doses da vacina contra a Covid-19 desenvolvida pela Moderna. “A vacina não representa a cura, mas uma forma de prevenir a doença. Ela não significa que 100% dos casos não terão a forma grave. Precisamos acreditar nas vacinas. A OMS já aprovou emergencialmente a Coronavac, que se mostra útil para o PNI, e vamos buscar novas fórmulas, como a da Moderna. Estamos em negociações avançadas para a compra de 100 milhões de doses”, afirmou.

Segundo ele, a partir do acordo firmado entre a AstraZeneca e a Fiocruz, o campo de células, através do qual se produz o IFA no Brasil, chegará em breve no País: “Após a produção, haverá um período em que se fará testes para assegurar que o IFA produzido no Brasil é tão seguro quanto o importado. Se tudo der certo, 45 dias após, teremos vacina com IFA produzida no Brasil. Dentro deste período, ainda fizemos um acordo com a AstraZeneca, para continuar produzindo na Fiocruz vacina com IFA vinda da China para mais 50 milhões de doses”. A previsão de distribuição destas doses é para o início de outubro, de acordo com a Fiocruz. 

Variantes

O ministro se mostrou preocupado com a circulação de variantes do coronavírus em território brasileiro. Entretanto, garantiu que o Ministério da Saúde não tem a intenção de restringir ainda mais a entrada de estrangeiros no país, uma vez que já há veto ao desembarque de cidadãos do Reino Unido, Irlanda, África do Sul e Índia. A medida foi uma sugestão da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

“Precisamos aderir às medidas não-farmacológicas, que são importantes para apoiar a imunização. Além disso, também vamos fazer um novo programa de testagem, com o uso de exames rápidos. Nos preocupamos com as variantes, especialmente a indiana, e trabalhamos para impedir a transmissão comunitária dessa cepa”, explicou. “Só teremos perspectiva de melhora quando tivermos os resultados de todo esse conjunto de ações.”

Copa América 

Queiroga disse que os critérios sobre a realização da Copa América no Brasil serão os mesmos usados para os outros campeonatos realizados atualmente no País. “A decisão não compete ao Ministério da Saúde. O que compete é a validação dos protocolos de segurança. A própria CBF tem os protocolos de segurança. Não há motivos que impeçam a realização da Copa América no Brasil desde que os protocolos sejam cumpridos à risca”, relatou. 

CPI da Covid

Sobre a sua reconvocação para a CPI da Covid no Senado, marcada para o dia 8 de junho, o ministro disse que está à disposição: “Também estou à disposição do Poder Judiciário, do Ministério Público Federal. Enfim, de todas as instâncias democráticas. Todos nós estamos à disposição do povo brasileiro. Tudo o que eu  falei na comissão cumpro na prática. Eu tenho que inspirar confiança na sociedade brasileira e penso que desde que estou à frente do Ministério da Saúde, conseguimos avançar muito. Eu sei que a missão é difícil, não é uma missão de apenas um homem, mas de uma nação”, afirmou. “Precisamos estar unidos.”


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