Corrida para Vencer o Diabetes leva cinco mil pessoas ao Parcão

Corrida para Vencer o Diabetes leva cinco mil pessoas ao Parcão

De acordo com o diretor-presidente, cerca de 3.800 crianças e jovens são atendidos gratuitamente pelo instituto

Franceli Stefani

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Com a campanha “Quem tá de olho, tá de coração”, Porto Alegre recebeu nesta manhã de domingo, a 21ª Corrida para Vencer o Diabetes, no Parque Moinhos de Vento, o Parcão. O evento, que reuniu cerca de cinco mil pessoas, foca no trabalho desenvolvido pelo Instituto da Criança com Diabetes (ICD). Conforme o diretor-presidente do ICD e presidente da Federação Internacional de Diabetes da Região das Américas Central e do Sul, Balduíno Tschiedel, famílias inteiras estiveram engajadas na programação.

"Nos primeiros cinco anos o foco era, basicamente, conseguirmos recursos financeiros para erguer o instituto. Depois, começamos a usar para o nosso programa de educação à diabetes e para dispor para o paciente os insumos quando o poder público falha", expressa. Ele cita como exemplo quando não é possível retirar nas unidades de saúde a insulina ou a tira reagente para o teste na ponta do dedo.

Todo o dinheiro arrecadado da venda das camisetas, comercializadas a R$ 20, é destinado para o instituto. Atualmente, 3.800 crianças e jovens são atendidos gratuitamente. "A corrida e caminhada, já que temos várias faixas etárias presentes, quer mostrar a importância do esporte, não apenas para a diabetes, mas para todas as patologias, isso porque para a grande maioria, ele só faz bem", destaca. O presidente frisa que todos que completaram os quatro quilômetros receberam uma medalha de participação. O percurso iniciou no Parque Moinhos de Vento, seguiram pelo cruzamento das avenidas Silva Só e Ipiraga, o retorno foi feito na Rua Felipe de Oliveira, voltando pelo mesmo caminho.

De acordo com Tschiedel, a diabetes tipo 1 é autoimune e atinge crianças em geral. Sem avisar, surge no momento em que a família menos espera. A tipo 2, por outro lado, é intimamente ligada a obesidade e o sedentarismo, assim como relacionada com a idade. “Dentro desses 3.800 pacientes que atendemos, cerca de 100 são jovens com o tipo 2. Isso nos causa preocupação”, pondera. A entidade trabalha para prevenir as complicações decorrentes da doença e apresenta o índice de 92,5% de redução de internação hospitalar. Mais informações podem ser obtidas no site do instituto, no www.icdrs.org.br.


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