Corrida pela Adoção chama atenção para crianças e adolescentes em casas de acolhimento
De acordo com o Ministério Público, só em Porto Alegre há mais de mil institucionalizados à espera de um lar
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Um momento de festa, convivência comunitária e integração. Assim foi a primeira edição da Corrida pela Adoção, que ocorreu na manhã deste domingo, na Avenida Edvaldo Pereira Paiva, junto a pista de skate do Parque Marinha do Brasil, na Capital. De acordo com a promotora Cinara Vianna Dutra Braga, a atividade tem como intuito chamar atenção para o número de crianças e adolescentes acolhidos e que aguardam a oportunidade de ter uma família. "Hoje, se você não quiser adotar, mas tem carinho para dar, pode apadrinhar um deles. Ou se não se sentir a vontade, pode ir até a casa de acolhimento mais próxima para conhecer e apadrinhar o local, com visitas esporádicas, dar uma folhada nos cadernos, dar uma atenção para eles", explica. No Estado, são em torno de cinco mil crianças e adolescentes institucionalizados.
O evento foi pensado para propiciar a cada um deles alegria, lazer e acesso ao esporte, mas segundo a promotora, para que a comunidade se dê conta que há pessoas esperando por carinho, afeto e atenção nesses espaços. "Graças aos constantes projetos que realizados, percebemos resultados. Tivemos, até agora, 21 adoções de crianças que não tinham interessados e 25 aproximações. Eles precisam do nosso olhar, não serem escondidos", destaca. Para a primeira edição da corrida foram 1.500 inscritos. "Isso demonstra o envolvimento da população. Ficamos muito felizes com o resultado e certamente virão outras edições."
Conforme dados disponibilizados pelo MP, mais de mil crianças e adolescentes estão institucionalizados em Porto Alegre. O evento, que teve modalidades de 10, cinco e três quilômetros – incluíndo a caminhada e o circuito infantil – foi realizado através de uma parceira entre Ministério Público, Poder Judiciário, Prefeitura de Porto Alegre, Pais do Coração, Corpa e Banrisul.