Corrida pela Adoção movimenta Parque Harmonia em Porto Alegre

Corrida pela Adoção movimenta Parque Harmonia em Porto Alegre

Aproximadamente 3,5 mil crianças e adolescentes no Rio Grande do Sul aguardam em abrigos e lares por uma família

André Malinoski

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Nem a chuva fraca do início da manhã deste domingo impediu a realização da 2ª Corrida pela Adoção, no Parque Harmonia, em Porto Alegre. Com trajetos de 3 km, 5 km e 10 km para corredores, além de caminhada e circuito infantil, o evento propôs a conscientização da importância da adoção tardia, que possibilita uma nova família para crianças a partir de seis anos de idade e adolescentes. “É extremamente importante essa iniciativa porque dá visibilidade para os acolhidos. Os jovens, quando completam 18 anos, precisam sair das casas de acolhimento”, explicou Cinara Vianna Dutra Braga, promotora de Justiça da Infância e Juventude de Porto Alegre. “Há outras formas de ajudar além da adoção, como oportunizar o primeiro emprego, apadrinhar financeiramente algum jovem ou ser uma família acolhedora”, completou a promotora, que tirava fotos no pódio com alguns participantes das provas deste domingo.

“É sempre bom poder ajudar nessas causas”, disse o garoto Joel Oliveira de Castro, 16 anos, que correu os 3 km. A assistente e educadora social Maria Aparecida Barbosa Araújo optou pelos 5 km. “Trata-se de algo importante para a sociedade e um desafio para nós. Esses jovens precisam ter uma garantia”, observou. O também educador social Marcio Felix, que encarou os 3 km, salientou que “muita gente quer adotar e nem sabe como proceder, então aqui é uma maneira de conhecer mais sobre o tema.” A estudante Rosane Volkweis, que ainda recuperava o fôlego depois da prova, resumiu a importância de estar em uma ação desse tipo: “Estamos aqui para incentivar as pessoas a adotarem”. Um total de 1,2 mil pessoas se inscreveu para o evento, além do público que prestigiou a iniciativa sem participar ativamente de alguma modalidade.

Saiba mais

Aproximadamente 3,5 mil crianças e adolescentes no Rio Grande do Sul aguardam em abrigos e lares por uma família. Conforme informa o site da corrida, parte desses jovens já está apta à adoção. No entanto, a maioria dos quase 32 mil pretendentes habilitados querem adotar crianças de até 3 anos, ou, no máximo, de 6 anos de idade. Entretanto, 85% dos acolhidos têm idade superior, segundo dados do Sistema Nacional de Adoção e Acolhimento (SNA).

A iniciativa foi feita em parceria pelo Ministério Público, Prefeitura de Porto Alegre, Associação dos Usuários de Informática e Telecomunicações do RS (SUCESU), Pais do Coração, Instituto Victória Nahon, Sistema Fecomércio-RS/Sesc/Senac e Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS). Toda a renda obtida com a Corrida pela Adoção será revertida na melhoria da infraestrutura dos abrigos e casas-lares da Capital.


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