Corsan promete investir R$ 1,7 bilhões em saneamento até 2014

Corsan promete investir R$ 1,7 bilhões em saneamento até 2014

Conforme o presidente da companhia, baixos índices de tratamento de esgoto sanitário no RS estão relacionados aos pequenos investimentos

Correio do Povo

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A Corsan investirá R$ 1,7 bilhão em saneamento até 2014. A promessa foi feita ontem, em audiência pública da Comissão de Segurança e Serviços Públicos, na Assembleia, pelo diretor de Expansão Alexandre Stolte. Ele ressaltou que a meta é universalizar o serviço de esgoto na totalidade dos 322 municípios e 46 localidades atendidos pela companhia.

O presidente da Corsan, Arnaldo Dutra, destacou que os baixos índices de tratamento de esgoto sanitário no Rio Grande do Sul estão relacionados aos pequenos investimentos nos últimos anos. "As perspectivas para os próximos anos são de aumento de investimentos para saneamento básico com recursos da própria companhia, dos governos estadual e federal ou oriundos de empréstimos", salientou.

Dos 322 municípios atendidos pela estatal, apenas em 44 existem contratos de coleta e tratamento de esgoto vigentes. Desde a extinção do Plano Nacional de Saneamento, não houve qualquer financiamento público destinado à execução de obras nessa área.

Stolte lembrou que, somente após a criação do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), o governo federal retomou os investimentos em saneamento no Rio Grande do Sul e demais estados. "É preciso que o PAC passe a ser tratado como uma política de Estado, assegurando a continuidade dos investimentos em saneamento básico."

O deputado Luis Fernando Schmidt (PT), que presidiu a audiência pública, explicou que o objetivo do encontro era aprofundar o debate sobre os contratos da Corsan com os municípios e apontar alternativas para os serviços prestados. "A cobertura da água é de 98% no Estado e, em contrapartida, atinge apenas 15% de saneamento." De acordo com ele, a Corsan presta serviço de qualidade, mas é necessário recuperar os investimentos.

Stolte disse que a ampliação das redes de esgoto será benéfica para o meio ambiente. "As bacias hidrográficas do Sinos e do Gravataí são as mais poluídas do Brasil devido ao lançamento de esgoto sanitário na água. Vamos reverter esse quadro", enfatizou.

O desafio da atual gestão da Corsan será ampliar a capacidade de investimento e de prestação de serviços. O presidente da estatal garantiu que a instituição responderá por seus contratos e programas, buscando compreender a realidade dos municípios. Conforme Dutra, sete milhões de gaúchos são atendidos pela companhia.


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