Cresce número de homens em tarefas domésticas, diz IBGE

Cresce número de homens em tarefas domésticas, diz IBGE

Pesquisa divulgada hoje indica que mulheres seguem como maioria e dedicam o dobro do tempo

Correio do Povo

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O número de homens envolvidos em afazeres domésticos e cuidados de pessoas cresceu 4,6% entre 2016 e 2017, contudo as mulheres ainda são maioria nessa atividade e dedicam quase o dobro do tempo por semana às tarefas. Os dados fazem parte da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) divulgada nesta quarta-feira pelo Instituto Brasileiro de Estatística e Geografia (IBGE).

No período, a atividade que mais cresceu foi a do cuidado com pessoas – que passou de 26,9% para 31,5% - totalizando 53,2 milhões de pessoas. Para as mulheres, essa taxa foi de 37% e entre os homens ficou em 25,6%.

A análise por faixa etária mostra que 33,6% do serviço é realizado por mulheres entre 14 e 24 anos – o dobro em relação aos homens da mesma idade (18,5%). No entanto, observou-se que os filhos homens passaram a se ocupar mais com cuidados de pessoas em 2017, com percentual passando de 12,7% a 16,2%, - crescimento de 27,6%.

Por causa da crise, o número de pessoas envolvidas em afazeres domésticos cresceu entre 2016 e 2017, passando de 81,3% para 84,4% - o que corresponde a 142,4 milhões de pessoas. O aumento foi mais intenso entre os homens (4,5%) do que entre as mulheres (1,9%). Ainda assim, existe uma grande diferença nas taxas de realização de afazeres domésticos entre homens (76,4%) e mulheres (91,7%).

Enquanto entre as mulheres a maior taxa de realização de afazeres era observada para as cônjuges ou companheiras (97,0%), entre os homens, eram os responsáveis pelo domicílio que mais realizavam afazeres (85%). Destaca-se, ainda, que, para os homens, quanto maior o nível de instrução, maior a taxa de realização, saindo de 73% no menor nível a 83,8% no nível superior completo.


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