Demitidos de fábrica que pegou fogo entrarão na Justiça

Demitidos de fábrica que pegou fogo entrarão na Justiça

Empresa alega que não tem condições de pagar valores relativos às rescisões, inclusive o salário deste mês

Ronaldo Berwanger / Rádio Guaíba

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Em reunião com o Sindicato dos Sapateiros de Novo Hamburgo, os trabalhadores demitidos da fábrica de calçados Dellay foram informados que não receberão valores de férias, aviso prévio e décimo terceiro salário na rescição dos contratos. A empresa alega que não tem como pagar agora e, conforme o sindicato, os funcionários terão de entrar na Justiça para receber, inclusive os dias trabalhados neste mês. A fábrica foi destruída por um incêndio, na manhã de segunda-feira, no bairro Canudos. Apenas o Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) e o seguro desemprego serão liberados antes do fim do ano. 

A presidente do sindicato, Neiva Barbosa, contou que os trabalhadores pretendiam receber os valores no curto prazo e ficaram contrariados com a notícia. “Estamos colhendo as assinaturas dos primeiros demitidos, do total de 140, para entrarmos com a ação judicial imediatamente. A empresa não nos deu outra alternativa. Pela via judicial, não temos a garantia para pagamento imediato", disse.

A expectativa é de que todos os funcionários demitidos sejam empregados por outras empresas do setor no Vale do Sinos. Enquanto isso não ocorre, o Sistema Nacional de Empregos (Sine) de Novo Hamburgo se colocou à disposição para auxiliar, dando prioridade aos cadastros deste grupo. Muitos dos funcionários tinham mais de um integrante da família trabalhando no local. O prejuízo da fábrica pode passar de R$ 1 milhão, mas o levantamento final ainda não foi divulgado. As chamas consumiram toda a estrutura do local, que produzia dois mil pares de sapatos por dia.

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