Diretores da Anvisa e ANS relatam “desafio” para enfrentar pandemia da Covid-19

Diretores da Anvisa e ANS relatam “desafio” para enfrentar pandemia da Covid-19

Papel da saúde e o valor da medicina diagnóstica foi assunto de evento online nesta quinta


Gabriel Guedes

Debate ocorreu nesta quinta no evento online “10 anos Abramed "

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O diretor-presidente da Agência Nacional Saúde Suplementar (ANS), Rogério Scarabel Barbosa, e um dos diretores da Anvisa, Alex Machado Campos, apesar de atuarem em campos regulatórios diferentes, concordaram no desafio que foi lidar com a pandemia da Covid-19. A reflexão surgiu no evento online “10 anos Abramed - O papel da saúde suplementar na pandemia e o valor da medicina diagnóstica”, realizado pela Associação Brasileira de Medicina Diagnóstica (Abramed), realizado no final da tarde desta quinta-feira. 

“Nós dependíamos muito de insumos importados. Nós contamos com a ajuda da Anvisa, com a gerência de Portos, Aeroporto e Fronteiras. Ao mesmo tempo, houve incorporações de novos procedimentos e exames juntos às operadoras de saúde”, resumiu a atuação das agências o presidente do Conselho de Administração da Associação, Wilson Shcolnik.

O diretor da Anvisa lembrou dos primeiros dias de pandemia, no episódio dos respiradores que ficaram retidos em outros países. “O sistema, de uma hora para outra, ficou todo disfuncional. Sabe o que foi o desafio, desembaraçar os insumos nos primeiros dias. Tivemos que contar com o Ministério da Saúde para desembaraçar cargas que ficaram paradas na Europa por causa dos Estados Unidos”, relatou. “Vivemos um momento inicial muito duro”, afirmou Campos.

O diretor-presidente da ANS afirmou, antes de tudo, que entre 24 e 40% das pessoas possuem algum vínculo com uma operadora de saúde no País, se considerar os planos odontológicos. Entretanto ele destaca que a pandemia suscitou a necessidade de novas coberturas e modalidades de atendimentos. “A ANS tem trabalhado em conjunto com o Ministério da Saúde. Agora por último, foi a incorporação do teste sorológico. Estas incorporações, embora de forma extraordinária, aconteceram de forma muito ágil. Demonstrou o esforço que a agência fez para alinhar suas regulações às determinações do Ministério da Saúde”, frisou.

Mas apesar do trabalho todo que tem sido analisar novas regulações, ele afirmou que a ANS não pode abrir mão de seu papel regulador. “Quaisquer mudanças, elas devem ser reguladas pela agência. Foi muito complexo, difícil, mas foi muito importante na história da saúde no País”, apontou. 

O diretor da ANS ainda se mostrou bastante orgulhoso em relação à permissão da telemedicina. “A telemedicina aproximou as pessoas e tem dado uma resposta positiva à sociedade, neste momento de necessidade de distanciamento social”, expressou.

Aos representantes do setor, que acompanhavam o evento online, Campos assegurou que o papel das agências reguladoras, é também ser um agente da previsibilidade para o mercado. “O sistema de saúde tem ficado de plantão. A ANS e a Anvisa são SUS. Temos facilitado para que as pessoas e empresas consigam enfrentar o coronavírus”, concluiu. 


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