Em 10 dias, casos de dengue aumentam 276% em Porto Alegre

Em 10 dias, casos de dengue aumentam 276% em Porto Alegre

Casos foram registrados em todas as regiões da cidade, com prevalência nos bairros Jardim Carvalho e Monte Cristo

Correio do Povo

Casos foram registrados em todas as regiões da cidade, com prevalência nos bairros Jardim Carvalho e Monte Cristo

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Porto Alegre registrou um aumento de 276% nos casos de dengue nos últimos dez dias. Nesta terça-feira, 15, a Capital chegou a 98 casos confirmados da doença, sendo 95 autóctones (contraídos na cidade), conforme o boletim epidemiológico semanal de arboviroses. No documento divulgado semana passada, o registro era de 26 casos até o dia 5 de março. 

A doença é transmitida pela picada do mosquito Aedes aegypti. Os casos são registrados em todas as regiões da cidade, com prevalência nos bairros Jardim Carvalho e Monte Cristo, com 33 e 25 registros, respectivamente. Diante do aumento abrupto de casos, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) está intensificando as visitas às regiões. 

Nesses locais, agentes de combate a endemias da Diretoria de Vigilância em Saúde orientam a população diante da circulação viral, fazer busca ativa de outros casos suspeitos da doença ou de pessoas com sintomas compatíveis com a dengue, além de fazer a remoção mecânica de criadouros de mosquitos. Ao identificarem focos irregulares de lixo, as equipes notificam o proprietário do imóvel ou o Departamento Municipal de Limpeza Urbana (DMLU), conforme a situação.  

De acordo com o diretor de Vigilância em Saúde, Fernando Ritter, é essencial que a população fique atenta e evite situações que possam se transformar em foco para o mosquito. “Pequenos recipientes deixados ao ar livre acabam se transformando em criadouros: é o potinho de planta, o ralo, a garrafa, entulhos dentro das casas. Para isso, é fundamental o olhar de cada pessoa, de cada família”, alerta.

Confira como deixar sua casa livre do mosquito da dengue

No pátio ou área externa:

- Verifique os vasos de plantas, retirando os pratinhos. Passe esponja para limpar os ovos que podem ficar aderidos.
- Bromélias e outras plantas que podem acumular água: revise semanalmente e remova a água, sempre que possível (se estiverem em vasos, vire de cabeça para baixo). Nas plantas no solo, dê um jato de água nas folhas para remover larvas que tenham se desenvolvido no encaixe das folhas.
- Veja se tem materiais em uso e que possam acumular ou estejam com água (baldes, potes, garrafas): secar, tampar ou colocar em local coberto. Caixas d'água, tonéis ou recipientes para armazenamento de água da chuva: manter tampados sem frestas ou colocar tela milimétrica para cobrir.
- Recolha o material que poderá ser descartado (latinhas, embalagens plásticas, vidros, garrafas PET, etc.) e coloque em saco plástico para a coleta seletiva de lixo do DMLU.

No seu imóvel:

- Veja se a calha está desimpedida, removendo folhas e outros materiais que possam impedir o escoamento adequado da água;
- Ralos, especialmente de águas de chuva: verifique se estão com água em período seco; nesse caso, coloque tela milimétrica ou adicione, semanalmente água sanitária no ralo;
- Piscinas plásticas pequenas: devem ser periodicamente esvaziadas ou serem tratadas com cloro;
- Piscinas fixas: devem ser limpas uma vez por semana e tratadas com cloro sempre.

Cuidados especiais:

- Caixa d´água: manter sempre bem tampada.
- Pneus: manter em local coberto ou fazer furos grandes para escoamento da água, caso os utilize na área externa.
- Banheiros externos, áreas sem uso: manter vasos sanitários tampados; coloque tela milimétrica nos ralos.


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