Em média, distribuição de doses de vacinas no Brasil leva 48h

Em média, distribuição de doses de vacinas no Brasil leva 48h

Desde o início da pandemia, Ministério da Saúde já enviou mais de 110,2 milhões de doses aos estados

Vítor Figueiró

Até o momento, Brasil vacinou 27,29% da população com a primeira dose

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A logística do Programa Nacional de Imunizações (PNI), elaborado pelo Ministério da Saúde, é responsável por organizar a distribuição e aplicação de doses no Brasil. Em média, do recebimento das vacinas até a entrega nas cidades, embora não mantenha um padrão, o processo costuma levar 48 horas, o que permite que a campanha de vacinação avance. O envio trava quando faltam imunizantes ou a pasta opta por segurar as doses para enviar quantitativos mais expressivos de lotes. A exceção para o prazo de 48 horas são cidades mais distantes, onde o período pode levar três dias.

De acordo com informações do ministério, o sistema de entregas das doses começa a ser executado a partir do momento que os imunizantes chegam das fabricantes: Instituto Butantan, Fiocruz e a importada Pfizer são os fornecedores do país neste momento. Chegando ao MS, os lotes são enviados para o Centro de Distribuição, que fica em Guarulhos, no estado de São Paulo, onde são conferidos, embalados e acondicionados.

É em Guarulhos que as equipes montam a pauta da vacinação, o documento responsável por estipular destinos, distribuir as quantidades de doses, as aeronaves e a data prevista para a entrega em cada local. Junto da pauta, os lotes levam uma nota técnica da Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS). Esta nota traz informações de cada vacina, período entre as doses, armazenamento, e sugestão de faixa etárias para imunizar.

Algumas das aeronaves que fazem esse transporte são solidários, ou seja, não cobram para executar o trajeto. No Rio Grande do Sul, as empresas Latam, Gol e Azul auxiliam no PNI. Ao chegar no RS, os frascos são recebidos pela Secretaria Estadual de Saúde (SES), acompanhada de Polícia Federal, Anvisa e da Fraport, que administra o Aeroporto Salgado Filho. A partir deste momento, a responsabilidade é estadual. A SES encaminha as doses para o Centro Estadual de Vigilância em Saúde, onde novamente são repartidas e destinada para os municípios.

Todo a logística estadual é discutida pela Comissão Intergestores Bipartite (CIB), que é transmitida online e pode ser acompanhada por qualquer cidadão que deseja descobrir a quantidade de vacinas que seu município irá receber e os prováveis grupos contemplados. As decisão da CIB são registradas em resoluções.

Conforme o Ministério da Saúde, o processo é feito em consonância com os planos Nacional, Estadual e Municipal. Ao chegar em Porto Alegre, as doses são entregues para as Unidades Básicas de Saúde (UBS) para a aplicação. Quando vacinado, o cidadão recebe um cartão de vacina da Covid-19 com orientações para a segunda dose. Esses dados são repassados para o sistema Sistema de Informações do Programa Nacional de Imunizações, que monitora o avanço da vacinação e informa a quantidade de imunizados no país.

Segundo dados da pasta federal, desde o começo da campanha de vacinação contra a Covid-19, em janeiro, 110.245.288 doses foram distribuídas para Estados e Municípios. Com elas, até o momento, o Brasil vacinou com a primeira dose 58.644.899 brasileiros - 27,69% da população nacional. Ainda, 24.078.091 já receberam a segunda dose e estão completamente imunizados.


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