Emergências dos hospitais de Porto Alegre apresentam redução na ocupação

Emergências dos hospitais de Porto Alegre apresentam redução na ocupação

Hospital de Clínicas registrou aumento progressivo da demanda de internação hospitalar com pessoas com outras doenças

Cláudio Isaías

Emergências dos hospitais de Porto Alegre começam a apresentar uma diminuição no número de pacientes

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As emergências dos hospitais de Porto Alegre estão começando a apresentar uma diminuição no número de pacientes. Nos últimos dias, a lotação em sete instituições de saúde tem ficado entre 84% e 157%. 

O diretor-presidente do Grupo Hospitalar Conceição (GHC), Cláudio Oliveira, disse que a movimentação diminuiu muito em relação ao mês de março, que foi considerado o mais crítico, para o setor da saúde. "Mesmo que os percentuais de internação ou atendimento estejam com redução é preciso que a população tenha consciência de que é preciso manter as medidas adotadas dos protocolos sanitários", ressaltou.

Segundo Oliveira, na emergência do Hospital Nossa Senhora da Conceição já estão sendo atendidas outras doenças. No Conceição, havia 10 pacientes com coronavírus e 12 pacientes não Covid-19. No mês de março, o GHC para conseguir atender os pacientes inaugurou uma enfermaria 4º I, no quarto andar, com 55 novos leitos destinados a pacientes com Covid-19.

O chefe do Serviço de Emergência do Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA), José Pedro Kessner Prates Júnior, disse que o cenário Covid-19 com menor demanda reflete o arrefecimento de casos graves da pandemia. Por outro lado, o cenário não Covid registrou um aumento progressivo da demanda com necessidade de internação hospitalar.

A emergência do Clínicas tinha nesta segunda-feira 63 pacientes na unidade - três Covid-19 e 60 não Covid. Os três com coronavírus aguardavam leito no Centro de Tratamento Intensivo (CTI) do hospital. Dos 60, havia nove não Covid que também esperavam uma vaga no CTI. Um total de 12 pacientes aguardavam vaga no CTI.  

Em março, que foi considerado o mês mais difícil para os hospitais, o Hospital Nossa Senhora Conceição, com restrição na emergência, conseguiu focar no atendimento a pacientes graves. Na época, o diretor-presidente do GHC , Cláudio Oliveira , chegou a afirmar que as emergências haviam virado UTI improvisadas.

O hospital São Lucas da PUCRS tinha na manhã desta segunda-feira 22 pacientes em observação/internados e uma lotação de 129,41%; o Instituto de Cardiologia (13 pessoas e lotação de 61,90%); Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre (33 pacientes e lotação de 137,50%); Hospital Restinga e Extremo Sul (oito pessoas e 44,44% de ocupação) e Hospital Vila Nova (22 pacientes em observação/internados e lotação de 84,62%).

Um dado positivo é que houve uma redução dos pacientes que aguardavam por uma vaga na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) dos hospitais: Clínicas (12); Nossa Senhora da Conceição (quatro); Instituo de Cardiologia (quatro); Santa Casa (três); São Lucas da PUCRS (2), Hospital Restinga e Extremo Sul (2) e Vila Nova (sete pacientes).


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