Emergências e UPAs seguem com lotação acima dos 100% em Porto Alegre

Emergências e UPAs seguem com lotação acima dos 100% em Porto Alegre

Unidades informam que chegada do frio intenso fez aumentar número de atendimentos

Felipe Faleiro

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A situação do sistema de saúde de Porto Alegre segue preocupante no que diz respeito aos atendimentos, tanto pediátricos quanto adultos. No caso das crianças, uma nova emergência abre nesta terça-feira, no Hospital Vila Nova, na zona sul. Serão dez novos leitos de pediatria, além de 30 de enfermaria pediátrica e outros 33 de saúde mental. No entanto, até esta segunda-feira, a maioria das unidades atualmente monitoradas pela Prefeitura tinham alta lotação.

O Hospital Materno Infantil Presidente Vargas tinha o maior número, com 162,5% de ocupação. Mais duas (Hospital de Clínicas e Hospital da Restinga e Zona Sul) estavam acima de 100%, elevando o total médio para 108,97%. Os dados são do monitoramento em tempo real do sistema de saúde municipal.

No caso da área adulta, a situação era similar. A lotação dos hospitais neste segmento estava em 154,07%, considerando emergências e UPAs. As emergências do Hospital de Clínicas e Santa Casa de Misericórdia operavam acima de 175%, e mais dois hospitais (Instituto de Cardiologia do Rio Grande do Sul e Hospital Nossa Senhora da Conceição) estavam acima dos 100% da capacidade.

Quanto às UPAs, o cenário é mais severo. As quatro unidades de Porto Alegre estavam acima de 200%, com destaque negativo para o Pronto Atendimento da Bom Jesus, com 628,57% de lotação. De sete leitos no local, havia 44 pessoas em observação e internados e 41 em atendimento. A alta procura tem sido observada em Porto Alegre desde a segunda quinzena do mês de abril.

No caso da rede do Grupo Hospitalar Conceição (GHC), o motivo informado é a alta demanda de pacientes com sintomas respiratórios, “como ocorre todos os anos”, informou a assessoria do GHC, complementando ainda que “a incidência delas aumenta com a chegada do frio”. Na UPA Moacyr Scliar, no bairro São Sebastião, por exemplo, pacientes sintomáticos respiratórios dobraram nas últimas três semanas, de cerca de 80 por dia para até 150 diariamente. O mesmo motivo foi informado pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Porto Alegre.


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