Empresa suspende monitoramento do táxis de Porto Alegre

Empresa suspende monitoramento do táxis de Porto Alegre

Sintáxi ingressou com ação para suspender a cobrança mensal da taxa

Marco Aurélio Ruas

Empresa suspendeu o monitoramento via GPS dos táxis de Porto Alegre por falta de pagamento

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O serviço de monitoramento dos táxis de Porto Alegre está suspenso. A medida foi divulgada através de um comunicado da empresa Show Tecnologia do Brasil, responsável pelo serviço, aos taxistas. Segundo o Sindicato dos Taxistas de Porto Alegre (Sintáxi), a Prefeitura Municipal de Porto Alegre e a Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC) não repassam o percentual mensal destinado à empresa paraibana, de R$ 171 mil, desde agosto.

O valor diz respeito a 49,59% da arrecadação da taxa de monitoramento, de R$ 88,06, que é cobrada mensalmente dos taxistas. O restante do dinheiro fica com a EPTC. A dívida ultrapassaria os R$ 510 mil.

Devido a suspensão do serviço, a diretoria do Sintáxi ingressou, na terça-feira, com uma ação na Justiça para suspender a cobrança mensal da taxa de monitoramento e o ressarcimento do valor pago até hoje, alegando que os rastreadores apresentaram diversos problemas desde que começaram a serem instalados, no final de 2014.

“Há muito tempo que os taxistas reclamam que o monitoramento não é feito de forma adequada”, afirmou o presidente do Sintáxi, Luiz Nozari. “Estamos indignados. A prefeitura está cobrando, mas não está repassando, e o pagamento dos taxistas sempre foi feito em dia. É triste constatar que seja permitido que isso aconteça”, ressaltou.

Em nota, a EPTC confirmou que está em atraso com os repasses, mas que os GPSs seguem funcionando e a expectativa é de que o pagamento seja efetuado ainda nessa semana. Além disso, a EPTC afirma que a taxa de monitoramento é paga pelo contribuinte, já que o valor cobrado seria compensado pelo aumento do período de uso da bandeira dois.

Por outro lado, o presidente do Sintáxi salientou que a ampliação do horário não era pra pagar a taxa. “O taxista que não trabalha no horário da bandeira dois também tem que pagar. E se a taxa é paga pelo contribuinte, então estão se apropriando do dinheiro do contribuinte”, alegou.

O fundador da Show Tecnologia do Brasil, Eduardo Lacet, se limitou a divulgar que a empresa se reserva ao direito de não tratar de assuntos relacionados aos clientes com a imprensa. “O usuário do nosso serviço, caso tenho dúvidas sobre o contrato ou prestação de serviço, poderá abrir um chamado no sistema, na aba Fale Conosco, que tiraremos todas as dúvidas”, disse Lacet.

Um dos objetivos do monitoramento da frota em tempo real era a obtenção de dados para verificar a quantidade necessária de táxis, levando em consideração o amplo debate sobre a quantidade de carros que deveriam circular pelas ruas da Capital.

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