Empresas alteram itinerário de ônibus no Campus do Vale e Agronomia em razão de buraco na via

Empresas alteram itinerário de ônibus no Campus do Vale e Agronomia em razão de buraco na via

Com a mudança, a entrada e saída dos ônibus ocorrem pelo pórtico da universidade

Cláudio Isaías

Ônibus 375 Agronomia, 343 Campus Ipiranga, T8 e T10 tiveram a rota alterada

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Os alunos e funcionários da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs) e os moradores do bairro Agronomia, na zona Leste de Porto Alegre, estão há mais de um mês impedidos de utilizar quatro linhas de ônibus que circulavam na região: a 375 Agronomia, a 343 Campus Ipiranga,  o T8 e o T10. As empresas decidiram alterar o itinerário em razão de uma cratera no asfalto que impossibilita o tráfego de veículos pesados no Campus do Vale da Ufrgs na altura do número 10.000 da avenida Bento Gonçalves bem próximo do limite de Viamão com Porto Alegre.

Na manhã desta segunda-feira, na parada 31, enquanto aguardava o ônibus o aposentado José Carlos Santos, morador do bairro Agronomia, disse estranhar a decisão das empresas de suspender a circulação das linhas. "Não consigo entender essa medida porque a lotação Partenon/Pinheiros e o ônibus disponibilizado pela universidade, mesmo com o problema na pavimentação, seguem trafegando", ressaltou.

A Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC) informou que as quatro linhas tiveram seu itinerário desviado e não estão atendendo a parada 31. Com a mudança, a entrada e saída dos ônibus do campus ocorrem pelo pórtico da universidade na altura do número 9.500. A empresa ressalta que após o conserto do asfalto, os ônibus voltarão a atender a comunidade universitária e os moradores.

Em nota, a Ufrgs informa que em uma reunião realizada em 31 de outubro de 2018 entre a Superintendência de Infraestrutura (Suinfra/Ufrgs) e representantes da prefeitura de Porto Alegre ficou acordado que o Município, por meio da Secretaria Municipal de Infraestrutura e Mobilidade Urbana (Smim), realizaria ações na pavimentação da área em que circulam as linhas de ônibus no Campus do Vale. O acordo ocorreu em função das restrições orçamentárias sofridas pela universidade, bem como a inviabilidade do uso de ata de registro de preços para fins de pavimentação, uma vez que a empresa vencedora da licitação não teve condições de atender ao contratado. Desta forma, a instituição de ensino não têm condições de realizar os serviços de manutenção necessários na pavimentação no acesso da parada 31, solicitados pela EPTC.

Segundo a universidade, é  compreensão de todos os setores envolvidos que o tráfego pesado que ocorre no local é devido à circulação de 11 linhas de ônibus, sendo esse um dos principais agravantes para a degradação do asfalto. "As linhas não atendem somente à comunidade da universidade, mas aos moradores do entorno do Campus do Vale. Assim, na tentativa de resolver a situação, a Ufrgs solicitou que sejam retomadas as tratativas pela Smim para que a prefeitura realize as ações, mesmo que paliativas, que viabilizem a manutenção corretiva na pavimentação".

A universidade afirma ainda que as ações são necessárias para que seja restabelecida a circulação de transporte coletivo na região (interrompida por determinação da EPTC), uma vez que a interrupção nos serviços de transporte coletivo dentro do Campus do Vale traz danos significativos não só à comunidade acadêmica, mas também à comunidade vizinha que acessa o Campus do Vale ou suas proximidades.

A Secretaria Municipal de Infraestrutura e Mobilidade (Smim), a Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC) e a Carris informam que de fato ocorreu uma reunião com a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs), sobre a situação da pavimentação do acesso da parada 31. Nessa reunião, ficou estabelecido com a Smim averiguaria o aspecto legal e financeiro para realizar o serviço. Após a análise, verificou-se que se trata de uma área federal. Logo, a prefeitura de Porto Alegre não pode fazer nenhum tipo de interferência. A Smim, a EPTC e a Carris reiteram que estão a disposição da universidade para retomar as tratativas e buscar uma solução a fim de amenizar o transtorno. Porém, a secretaria não pode assumir a obra do trecho que é de responsabilidade da Ufrgs sob pena de sofrer sanções legais ao investir recursos municipais em área federal.


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