Empresas de ônibus não pagarão 13º dos rodoviários em dia
Instituições ainda não divulgaram calendário para explicar como o benefício será quitado
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“Não há como quitar o 13º em dia. Vamos pagar o que der para pagar nas duas datas”, resumiu o assessor jurídico do o Sindicato das Empresas de Ônibus de Porto Alegre (Seopa), Alceu Machado. A justificativa para o não cumprimeiro da lei é o déficit superior a R$ 124 milhões desde fevereiro de 2016, a queda de 11% no volume de passageiros, a alta dos custos com combustível e manutenção, a queda de receita e a incapacidade de contratação de financiamento bancário.
Conforme o assessor jurídico, agora as empresas devem comunicar sobre o 13º aos seus trabalhadores. “Cada caso é diferente do outro, a não ser a crise que é comum a todos”, observou Machado. Em outubro, as empresas já haviam ameaçado o atraso do pagamento dos salários.
“Se as empresas não vão cumprir sua obrigação, depois de os empregados terem dado a sua parte em trabalho durante 12 meses, elas que comuniquem isso diretamente aos seus funcionários. O sindicato não vai fazer isso”, disse o vice-presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Transporte Coletivo e Seletivos de Porto Alegre (StetPoa), Sandro Abbade.
O transporte coletivo é feito em Porto Alegre por 11 empresas privadas e mais a Carris, que é do Município. Ao todo, são 1.660 ônibus. Já a categoria dos rodoviários é composta por 7,5 mil trabalhadores, entre motoristas, cobradores, mecânicos e pessoal administrativo, entre outros.