Encontro virtual debate Inteligência Artificial na saúde

Encontro virtual debate Inteligência Artificial na saúde

Presidente da Unimed Porto Alegre destacou que a IA irá ajudar os médicos e não acabar com postos de trabalho

Christian Bueller

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A Inteligência Artificial (IA) veio para ficar, mas alguns setores ainda questionam o papel do ser humano neste contexto. Em uma live promovida pela Unio Tecnologia, empresa especializada na criação, implantação e operação de soluções de sistemas no segmento de saúde suplementar, o presidente da Unimed Porto Alegre, Flávio da Costa Vieira, discorreu sobre o tema. Segundo ele, a IA jamais irá substituir as relações humanas em determinadas situações. "Não tem como reproduzir aquele olho no olho dos médicos", ressaltou.

Vieira acredita que a preocupação da classe médica não precisa se basear no receio por uma eventual substituição, mas o quanto a tecnologia pode agregar um resultado melhor. "A IA vai somar em muitas especialidades. Não tem volta e não adianta se revoltar", frisou.

O presidente da Unimed Porto Alegre exemplificou uma situação em que a máquina, sozinha, ainda não é suficiente para atender a uma demanda. "O Ministério da Saúde lançou um recurso tecnológico no início da pandemia em que uma pessoa respondia a três ou quatro perguntas. Era para saber se ela deveria ficar em casa ou procurar uma unidade de saúde a partir da suspeita de ter a doença. Não deu certo porque a cultura do nosso povo ainda não suporta a AI", salientou. Ele ainda ponderou sobre a autonomia de uma tecnologia desenvolvida pela mão humana. "A AI não manipula, mas o ser humano, sim".

Por fim, Flávio da Costa Vieira conversou sobre os aspectos positivos do atual momento, impactado pela Covid-19. "A doença não tem lado bom, mas a crise gerada pela pandemia precipitou algumas alternativas, como a escola virtual e as reuniões on-line. A Unimed Porto Alegre, por exemplo, teve que colocar, do dia para a noite, 750 funcionários em home office. Tivemos que conseguir ferramentas para que isso funcionasse", lembrou.


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