Entidade de lojistas critica impasse sobre decreto municipal de Porto Alegre

Entidade de lojistas critica impasse sobre decreto municipal de Porto Alegre

Liberação gradual do comércio não essencial foi interrompida após decisão da Justiça

Felipe Samuel

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Após decisão da Justiça que determinou a restrição do comércio não essencial em Porto Alegre, a prefeitura deve publicar o prometido decreto para viabilizar o funcionamento parcial de alguns estabelecimentos. O objetivo é evitar que a decisão do município conflite com o modelo de distanciamento controlado do Palácio Piratini. No sábado, véspera do Dia dos Pais, houve movimento intenso a estabelecimentos comerciais, que foram obrigados a fechar por conta de determinação da Justiça. Em meio a insatisfação dos lojistas, a prefeitura avaliava ontem alternativas para resolver o impasse jurídico.  
  
O Sindicato dos Lojistas do Comércio de Porto Alegre (Sindilojas) criticou a decisão do Judiciário e garantiu que novas rodadas de negociações para retomada das atividades econômicas devem ocorrer a partir de segunda-feira. A liberação gradual do comércio não essencial foi interrompida após decisão da Justiça, que determinou que a Capital deve seguir o sistema de bandeiras do modelo de distanciamento controlado do governado do Estado. Na avaliação do presidente do Sindilojas, Paulo Kruse, no sábado os lojistas foram 'tratados como se fossem fora da lei'.

O dirigente explica que os proprietários foram obrigados a fechar os estabelecimentos sem comunicado oficial. "Tudo ocorreu sem aviso nenhum, com força policial colocada à disposição do Ministério Público para nos fechar. Não somos criminosos, e não somos tratados com o devido respeito. Fomos informados da decisão de fechar pela imprensa e pela polícia", dispara. Embora confiante que um novo decreto deve ser publicado em breve, Kruse acredita que poderia haver mais sintonia entre Estado e prefeitura.

Ele reforça que a categoria foi "totalmente desrespeitada" com a determinação de fechamento e destaca que o MP estadual poderia ter aguardado até segunda-feira e entrar com pedido de liminar. "O comércio simplesmente não é respeitado, os lojistas abriram de maneira rápida, tiveram que chamar colaboradores que estavam com contratos suspensos para minimizar um pouco dos prejuízos", assinala. "Depois de tudo aberto e sem comunicação formal, porque ficamos sabendo pela imprensa, somos comunicados que somos obrigados a fechar", completa.

Kruse garante que a definição sobre a retomada gradual das atividades econômicas só poderá ocorrer dentro dos padrões do estado. "Acreditamos que o prefeito fará contato com Estado para tentar fazer acordo para voltar", projeta. 


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