Entidades manifestam preocupação com novas restrições ao comércio em Porto Alegre
Segundo o presidente do Sindilojas, Paulo Kruse, os empresários não conseguirão resistir por tanto tempo sem às vendas
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As entidades ligadas ao comércio de Porto Alegre manifestaram preocupação com as restrições para comércio e serviços não essenciais na cidade. Depois do anúncio feito pelo governador Eduardo Leite a respeito da atualização do sistema de bandeiras que regula o distanciamento controlado, Porto Alegre passou para a cor vermelha. O prefeito Nelson Marchezan afirmou que a Capital terá mais restrições a partir de segunda-feira em relação à circulação e às atividades econômicas.
O presidente do Sindilojas Porto Alegre, Paulo Kruse, afirmou que agora lamentavelmente o setor terá mais demissões e muitas lojas vão fechar. "Não há como manter lojas abrindo e fechando. Os resultados aparecerão de maneira rápida, no sentido de fechamento de lojas e demissões", lamentou. Segundo ele, os empresários não conseguirão resistir por tanto tempo sem às vendas. "O abre e fecha vai resultar no fechamento de estabelecimentos comerciais em Porto Alegre", explicou.
Já o presidente da Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas do Rio Grande do Sul (FCDL/RS), Vitor Augusto Koch, disse que o comércio não é o ambiente que contribui para a disseminação da Covid-19 no Estado. "Comprovamos a preocupação do varejo em preservar a saúde de colaboradores, clientes e população em geral, cumprindo rigorosamente os protocolos de saúde, higiene e distanciamento determinados", explicou.
Segundo Koch, o abre e fecha, fecha e abre está causando prejuízos gravíssimos e empreendimentos com muitos anos de existência correm o risco de fechar suas portas para sempre. "Milhares de pessoas dependem da atividade comercial para sobreviver. A quebra da arrecadação será infinitamente maior que os investimentos necessários para a infraestrutura de atendimento aos infectados sintomáticos", acrescentou.
O presidente do Sindicato de Hospedagem e Alimentação de Porto Alegre e Região (Sindha), Henry Chmelnitsky, afirma que a mudança de regras é muito prejudicial ao setor. "Essa incerteza no empresário e no consumidor vai por muito tempo. Teremos que nos adequar", lamentou. Ele afirmou ainda que os problemas vão aparecer como o desemprego, o fechamento de estabelecimentos comerciais.