Escola em SP e professor afastado pedem desculpas por fantasia da KKK

Escola em SP e professor afastado pedem desculpas por fantasia da KKK

Em carta, diretor da unidade se compromete a fortalecer ensino de políticas antirracistas a partir de 2022


R7

Caso ocorreu durante uma festa de fim de ano, no dia 8 de dezembro

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A Escola Estadual Amaral Wagner emitiu nota, nesta terça-feira, pedindo desculpas após um professor de História ter sido flagrado durante uma festa de fim de ano fantasiado com vestes que fazem referência à Ku Klux Klan (KKK), organização americana que perseguiu, espancou e assassinou negros desde a criação, em 1860.

No comunicado, o diretor da unidade Wagner Luiz Bonifácio dos Santos também relata que o professor se desculpou com a escola e os colegas e reconheceu ter sido “infeliz” ao usar a vestimenta. “Cabe informar que ele foi o único docente da escola que trabalhou em forma de painéis a temática antirracista com cem personalidades negras em um projeto de sua disciplina”, completou Santos.

O diretor também afirmou que, após o ocorrido, a escola vai introduzir na grade tópicos relacionados a ações antirracistas, em temática que já é contemplada, mas que vai ser intensificada nos projetos permanentes de fim de ano dos estudantes.

O caso ocorreu durante uma festa de fim de ano, no dia 9 de dezembro. No Evento Semana Temática, alunos e professores podiam escolher uma fantasia para participarem do desfile de fantasia. O vídeo do professor com as vestes da KKK, gravado por um dos alunos, chegou ao deputado estadual Carlos Giannazi (PSol), que denunciou o caso em uma publicação no Facebook, nessa segunda-feira.

Após a repercussão do caso, a Secretaria Estadual de Educação abriu apuração preliminar e afastou imediatamente o professor envolvido, que é efetivo, até o término da apuração. O órgão estadual acrescentou que “a Diretoria de Ensino de Santo André formou uma comissão inter-racial para averiguar os fatos”.

Já a Prefeitura de Santo André, também por meio de nota, disse repudiar esse tipo de ação e que “as medidas diante do ocorrido, por se tratar de uma escola da rede estadual, cabem à Diretoria de Ensino”.


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