Escola vai abrigar entre 20 e 30 desabrigados das ilhas do Guaíba

Escola vai abrigar entre 20 e 30 desabrigados das ilhas do Guaíba

Avanço das águas do Guaíba levará moradores da região a alojamentos provisórios durante a cheia

Gabriel Guedes

Prefeito Marchezan visitou o local nesta sexta-feira

publicidade

Com as águas do Guaíba avançando, moradores do Arquipélago, em Porto Alegre, precisarão mais uma vez ficar em alojamentos provisórios durante a cheia. Um destes abrigos já está preparado e fica na Escola Estadual de Ensino Fundamental Alvarenga Peixoto, no lado sul da Ilha dos Marinheiros.

A instituição foi cedida pelo Estado, e segundo o prefeito Nelson Marchezan, que visitou o local na tarde desta sexta-feira, acompanhado da primeira-dama, Tainá Vidal, deverá receber entre 20 e 30 famílias atingidas, dependendo da cota de cheia. “A gente está acompanhando a evolução dos afluentes, como o Rio Jacuí, Taquari e o Caí. Se tem um índice de segurança que é de 2,5 metros, de atenção, que já afeta algumas pessoas. Mas se chegar até 3 metros, umas 30 famílias poderão ser atingidas”, prevê. A Prefeitura de Porto Alegre trabalha com uma projeção de cheia entre 2,70 e 2,80 metros.

O prefeito ressaltou que o local é uma solução temporária. “Vão estar seguros aqui da cheia e também em relação ao coronavírus, com alimentação e roupas”, garante. Marchezan ainda frisou que as moradias nas ilhas estarão sempre sujeitas a enchentes e afirmou que o Município tem dificuldade em transferir as pessoas para outras regiões da cidade em definitivo. “Tem chuvas, que nem em Porto Alegre são, e estas pessoas estão numa área que alaga, mas a Defesa Civil e da Fasc têm dificuldades de retirá-las de casa. A prefeitura tem encaminhamentos para tirar pessoas daqui. Inclusive esta escola tinha 800 alunos e hoje tem 300. Muitas vezes as pessoas têm resistência à mudança. E aqui é um local baixo e vai sempre alagar. Mas hoje, aqui, é uma alternativa para este tempo em que tiver cheia”, defendeu.

Ao final da visita, o prefeito reafirmou a necessidade da população acompanhar os comunicados e orientações da Defesa Civil. “Pedimos para que as pessoas prestem atenção à Defesa Civil, para que a gente possa deslocar as pessoas assim que for necessário”, pontuou. Tainá também aproveitou para informar que as pessoas podem fazer doações de roupas e alimentos aos atingidos nos mesmos pontos que já estão coletando para Campanha do Agasalho.


Mais Lidas





Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895