Estados serão tratados igualitariamente na vacinação contra Covid-19, diz Pazuello

Estados serão tratados igualitariamente na vacinação contra Covid-19, diz Pazuello

Ministro disse que "qualquer fumaça ou discussão anterior ficou para trás"

Correio do Povo

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O governo federal apresentou na manhã desta quarta-feira o Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação contra a Covid-19, mas não apresentou uma data para o começo da imunização. De acordo com o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, o cronograma depende dos registros das vacinas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Ele pediu respeito à instituição e disse que está operando com critérios técnicos e de segurança para todos os brasileiros. "O Brasil vai vencer essa guerra", disse.

O ministro informou que todos os Estados serão tratados de forma igualitária e proporcional, e que serão responsáveis pela logística de distribuição até os municípios. "Todas as vacinas terão prioridade do SUS. Isso está discutido e muito bem tratado. Qualquer fumaça ou discussão anterior ficou para trás. Todos os brasileiros receberão a vacina de forma grátis. Vacinas grátis e registradas", disse.

O documento entregue pelo governo ao Supremo Tribunal Federal na semana passada prevê a disponibilização de 108,3 milhões de doses para mais de 51 milhões de pessoas destes grupos, divididos em quatro fases. Segundo o plano, o Brasil "garantiu" 300 milhões de doses de vacinas por meio de três acordos: Fiocruz/Astrazeneca: (100,4 milhões de doses até julho e mais 30 milhões/mês no segundo semestre), Covax Facility: (42,5 milhões de doses) e Pfizer (70 milhões de doses (ainda em negociação).

"Temos muita desinformação sobre a capacidade de conduzirmos essa missão. Vamos nos orgulhar da nossa capacidade. Ela não foi feita por mim. Foram nossos antecessores que criaram o SUS, organizaram o programa nacional de imunização. Vamos levantar a cabeça. O povo brasileiro tem capacidade de ter o maior sistema público de saúde do mundo", ressaltou.

Pazuello se solidarizou com as vítimas da Covid-19. "Me solidarizo com todas as famílias que perderam seus entes. Os números realmente são duros. Mas ao mesmo tempo quero também parabenizar todos os funcionários da saúde que estão se expondo para salvar vidas. E já temos seis milhões de recuperados. Isso é um orgulho para nós", disse, exaltado o SUS.

Plano é "manutenção do funcionamento de serviços essenciais"

O Secretário em Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Arnaldo Medeiros, frisou que o plano não é definitivo, mas dinâmico e criado por cerca de 140 profissionais. Ao todo, são dez eixos de trabalho, da análise da situação epidemiológica à comunicação e ao próprio encerramento da campanha. "Somos cada vez mais uma nação, um país que busca uma solução para um grande problema", disse, destacando a adesão à Covax Facility e memorandos assinados com laboratórios e institutos que estão desenvolvendo vacinas.

"A depender do seu cronograma, o país vai comprar vacinas para imunizar a população brasileira", afirmou, referindo-se nominalmente ao Instituto Gamaleya, à Astrazeneca/Oxford, à SinoVac/Butantan, à Pfizer, à Bharat, à Moderna, à Covaxin e à Jenssen / Johnson e Johnson.

Confirme Medeiros, os critérios para definição dos grupos prioritários é a manutenção do funcionamento de serviços essenciais. "Precisamos vacinar para isso. Objetivo é vacinar grupos prioritário com maior risco de desenvolver complicações e óbitos e populações com maior risco e exposição ao vírus", disse. "Temos um quantitativo muito grande de infectados, mas também temos quase 90% de curados. Isso reflete a força do nosso SUS", comentou.

 

 

 

 

 

 

 

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