"Estamos com pouca vacina", afirma secretário de Saúde de Porto Alegre

"Estamos com pouca vacina", afirma secretário de Saúde de Porto Alegre

Devido ao baixo estoque, município reduziu números de postos de saúde com oferta do imunizante

Felipe Samuel

De acordo com a Secretaria de Saúde, ao menos 86 mil pessoas não foram vacinadas com a primeira dose contra Covid-19

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Com poucas doses da vacina contra a Covid-19 à disposição, a Secretaria Municipal da Saúde (SMS) ainda não tem previsão para iniciar a imunização para de jovens com menos de 18 anos em Porto Alegre. Apesar da confirmação do Governo do Estado de que a partir de 15 de setembro deve começar a vacinação de adolescentes sem comorbidades, a prefeitura alega que as remessas das vacinas encaminhadas pelo Ministério da Saúde estão chegando em menor quantidade.

O número reduzido de imunizantes já reflete no atendimento da população, uma vez que 4 dos 132 postos de saúde da Capital estão aplicando a vacina. Até a semana anterior, eram 12 postos com vacinação. Conforme o secretário da Saúde, Mauro Sparta, a alternativa foi concentrar a vacinação nos principais postos de saúde e reforçar a vacinação em locais como escolas de samba. Mas as poucas doses à disposição preocupam a prefeitura. "Aqui não tem previsão (para começar), mas também não temos vacina. Estamos com muito pouca vacina", afirma.

Segundo Sparta, em Porto Alegre, são 104 mil jovens de 12 a 17 anos. A vacinação para pessoas a partir de 18 continua na Capital. "Tem chegado vacinas em menor quantidade. Estamos fazendo vacinação extramuros, em escolas de samba, no Largo da Epatur, e concentrando a vacina nesse público jovem", destaca. "Tem vacina, mas não como gostaríamos. Se pudesse ter vacina nas 132 unidades vacinávamos rapidamente todo mundo", completa. Pelo menos 84 mil pessoas não tomaram nenhuma dose do imunizante.

Durante a semana, Sparta participou de algumas ações da SMS e apurou que entre as justificativas de quem ainda não havia tomado a vacina estão falta de tempo para ir a um posto de saúde. "São pessoas que trabalham durante o dia e não têm tempo de ir na UBS. Dizem que não tem tempo, reclamam de filas, e uma série de desculpas", observa. Mesmo assim, a busca ativa passou a atingir outros públicos. "Deu certo fazer vacinação à noite em certos locais que o público frequenta. Fomos para atingir o público jovem, mas estamos atingido outros públicos também", afirma.


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