Estudantes buscam inovação em Feira da Miniempresa

Estudantes buscam inovação em Feira da Miniempresa

Alunos venderam produtos em feira no Shopping Iguatemi, neste sábado

Henrique Massaro

Alunos venderam produtos em feira no Shopping Iguatemi, neste sábado

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Um amplificador de som para smartphones pode custar apenas R$ 20,00. Para produzi-lo, utiliza-se, basicamente, um cano de PVC, mas também o incentivo à inovação e ao empreendedorismo. Durante a Feira da Miniempresa, realizada neste final de semana no Shopping Iguatemi, esta e outras ideias foram produzidas e comercializadas por alunos do Ensino Médio de escolas da rede pública e privada de Porto Alegre e Eldorado do Sul. Eles participam do programa Miniempresa promovido pela Junior Achievement.

Os alunos estão à frente de todas as atividades, que são realizadas nas escolas em jornadas semanais de três horas e meia geralmente no turno da noite, explica a gestora da Junior Achievement Daisy Costa. Contando apenas com a supervisão e o apoio de voluntários, os estudantes realizam todas as etapas de concepção e produção da empresa, como planilhas de controle e até mesmo pagamento de acionistas e impostos. Eles, por fim, fabricam o produto e comercializam na feira. “É uma simulação bem real. É teoria e prática”, conta Dasy. 



A ideia do amplificador, por exemplo, foi criada por um grupo de alunos do Colégio Eldorado do Sul. Segundo os estudantes Leonardo da SIlva, 18, e Kemilli do Nascimento, 16, inicialmente os integrantes do grupo haviam pensado em produzir um suporte para o carregador do celular, mas, em seguida, viram que a peça poderia virar um amplificador. Eles então fizeram cortes e adaptações em canos de PVC que amplificam o som do celular. A invenção ainda tem um apoio para o aparelho e é vendida em diversas cores e estilos.

Também para o celular veio o produto de alunos do Colégio Marista Rosário. Com tampas de garrafas PET, o grupo produziu um suporte que, com uma ventosa, é anexado aos telefones e facilita na hora de segurá-los. Conforme as alunas Mariana Vanni e Bruna Corrêa, ambas de 15 anos, o produto existe nos Estados Unidos, mas custa 15 dólares mais o valor do frete. Com materiais recicláveis, elas conseguiram recriar a invenção e vendê-la por apenas R$ 15,00.

Já os estudantes do Colégio Província de São Pedro criaram suportes de madeira com diversas funções. Os objetos podem servir para deixar abertos livros de receitas ou também para apoiar tablets e smartphones. A inovação, no entanto, não para por aí, pois, segundo as alunas Vitória Weber, 15, e Lia Araújo, 16, toda a renda arrecadada seria convertida em doações à Liga Feminina de Combate ao Câncer.

E as ideias não contemplaram somente a área da tecnologia. O grupo das alunas do Colégio Estadual Júlio de Castilhos, Eurides Oliveira, 17, e Lauryn Vieira, 16, produziu mini terrários voltados para pessoas que têm vontade de ter plantas em casa, mas não têm tempo. Por isso, utilizaram suculentas e cactus, que precisam ser regados apenas uma vez por semana e uma vez por mês, respectivamente. Os produtos foram feitos com pequenas garrafas PET e tinham a opção de serem pendurados no ambiente.

A Feira, da Miniempresa, já na sua 45ª edição, está sendo realizada no Iguatemi neste sábado e no domingo, das 10h às 22h. O Programa Miniempresa contemplou aproximadamente 500 estudantes de 17 escolas e tem uma duração de 15 semanas. Implementado no Rio Grande do Sul há 22 anos, o programa já beneficiou um milhão de estudantes.

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