Estudo será elaborado para tentar resolver impasse no IPE Saúde no RS

Estudo será elaborado para tentar resolver impasse no IPE Saúde no RS

Por ora, os 992 mil beneficiários terão atendimentos mantido

Felipe Faleiro

Estudo deve demorar 30 dias para ser finalizado

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Uma reunião entre o governador Ranolfo Vieira Júnior com o Ministério Público (MPRS) e representantes de federações hospitalares e hospitais credenciados ao IPE Saúde, nesta sexta-feira, decidiu pela elaboração de um estudo nos próximos 30 dias para resolver o impasse relacionado ao órgão. Por ora, os 992 mil beneficiários terão atendimentos mantidos, de acordo com o governador, após a ameaça das federações em suspender procedimentos eletivos a partir da próxima segunda-feira caso não houvesse avanço nas negociações.

A reunião foi mais longa do que o previsto, terminando após duas horas. Ainda conforme Ranolfo, será criada uma comissão específica para tratar do assunto, que será comandada pelo secretário-chefe da Casa Civil, Artur Lemos Júnior, e pelo secretário-chefe em exercício, Bruno de Freitas, que “comandarão as reuniões”. Ranolfo, porém, prometeu acompanhar diariamente a questão, que está “sob a mesa do governador do Estado”, conforme definido por ele próprio. “Vamos trabalhar a várias mãos buscando essa solução”, comentou o governador. 

O passivo do IPE Saúde está acumulado há mais de 90 dias, preocupando os prestadores de serviço, assim como a nova tabela de medicamentos adotada pelo órgão a nível estadual. Conforme o governador, como há um inquérito civil-público em andamento a respeito das tabelas, elas serão mantidas. “Buscaremos outras formas de equilíbrio a partir deste estudo, como reajustes em outras prestações de serviços que estejam defasadas”, disse Ranolfo. Segundo ele, entre as possibilidades, estão a revisão da taxa de logística e na remuneração de diárias, que também serão objetos de estudo.

O procurador-geral de Justiça do Estado, Marcelo Dornelles, disse que a reunião, chamada pelo MPRS, ocorreu no sentido de “articular e mediar uma composição”. “Pelo que vi, haverá avanços. Não vai ficar na situação atual, então já será um grande ganho, porque temos que encontrar uma solução para todo o problema”. Conforme ele, os resultados deste estudo virão “aos poucos”, mas que podem surgir antes deste prazo de aproximadamente um mês. 

O presidente da Federação dos Hospitais e Estabelecimentos de Saúde do Rio Grande do Sul (Fehosul), Cláudio José Allgayer, afirmou que o assunto está sendo tratado “com muita propriedade”. “Nós vamos trabalhar nos próximos 30 dias para que o governo identifique as fontes de custeio e que possa diminuir o passivo, e o segundo ponto é encontrar formas, através da taxa de logística e das diárias, para que possam manter a sustentabilidade econômico-financeira dos hospitais e do próprio plano do IPE Saúde”, disse.


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