Estudos de impacto ambiental do Cais são discutidos na Câmara de Porto Alegre
Obras que deveriam começar em dezembro de 2012 ainda não iniciadas
publicidade
O professor Francisco Marshall, do curso de História da Ufrgs, disse que a mobilização tenta ampliar o conhecimento sobre o projeto. “Queremos uma revitalização com qualidade. Desde que foi iniciado o projeto existem irregularidades jurídicas, urbanísticas, econômicas, patrimoniais e com relação a mobilidade urbana”, explicou. Segundo Marshall, são questões que não tem diálogo porque o consórcio Cais Mauá se recusa a conversar sobre o empreendimento. “Nossa causa é ter uma cidade com espaço de qualidade revitalizado”, comentou.
A presidente da Associação dos Amigos do Cais Mauá (Amacais), Kátia Suman, afirmou que está havendo um descaso com o espaço público e com a questão urbanística da cidade. “Estamos lutando por um processo transparente e por uma revitalização de qualidade. Queremos sim a área do Cais Mauá recuperada, mas achamos fora de propósito a construção de um shopping center no local”, ressaltou.
O presidente do IAB/RS, Rafael Passos, disse que não houve um plano urbanístico para a área que pudesse medir os impactos e determinar onde seriam aplicados, pro exemplo, os recursos de medidas compensatórias desses impactos. “O processo de revitalização do Cais Mauá é um mistério e existe alguns indícios de irregularidades como é o caso das obras que deveriam começar em dezembro de 2012 e agora estamos em maio de 2017 e nem um trabalho foi iniciado”, comentou.
O projeto de revitalização do Cais Mauá conquistou a licença ambiental prévia. No entanto, com relação a licença de instalação, a análise está em regime de prioridade, mas não há um prazo para definição, segundo a Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade. A direção do Consórcio Porto Cais Mauá não atendeu as ligações para falar sobre o projeto.