Falta de licença de exportação da Índia atrasa o envio de vacinas

Falta de licença de exportação da Índia atrasa o envio de vacinas

Consórcio Covax, que manda doses a cerca de 200 países, informou que despachos previstos para março e abril foram comprometidos

R7

Falta de licença para exportação da Índia vai atrasar vacinas do Covax

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A entrega de vacinas contra a Covid aos países mais pobres, por meio do consórcio Covax, vai sofrer um atraso devido à falta de licença de exportação da Índia, anunciou nesta quinta-feira a Aliança de Vacinas Gavi, organização que dirige o programa internacional ao lado da OMS (Organização Mundial da Saúde) e da Cepi (Coalizão de Inovações em Preparação para Epidemias).

Os suprimentos "vão atrasar pela falta de licenças de exportação para doses adicionais de vacinas (...) fabricadas pelo Serum Institute da Índia, que deveriam ser enviadas em março e abril", informou a Aliança Gavi, que dirige o programa Covax para distribuir os fármacos aos países com menos recursos.

Os atrasos na concessão de novas licenças de exportação "se devem (...) ao aumento da demanda de vacinas" na Índia, que precisa enfrentar o atraso na vacinação e o aumento dos contágios. "Mas o Covax está negociando com o governo indiano para garantir que as entregas aconteçam o mais rápido possível", completou a entidade.

O consórcio internacional Covax deseja distribuir este ano doses a 20% da população de quase 200 países e territórios, e inclui um mecanismo de financiamento para ajudar 92 países desfavorecidos. O Brasil é um desses países que receberão os imunizantes do consórcio.

Segundo um acordo estabelecido entre o Gavi e o Serum Institute, o laboratório deve fornecere ao Covax doses da vacina AstraZeneca/Oxford (fabricadas na Índia) para 64 países pobres, em troca de apoio financeiro para estimular as capacidades de produção do centro indiano, informou o porta-voz do Gavi.

Primeira remessa no Brasil

A primeira remessa de vacinas contra a Covid-19 do consórcio Covax/Facility chegou no domingo, no Aeroporto de Guarulhos, na Grande São Paulo. O Brasil recebeu 1.022.400 de doses do imunizante Oxford, produzidos pelo laboratório SK Bioscience, da Coreia do Sul.

A expectativa do Ministério da Saúde é que até o final de março cheguem mais 1,9 milhão de vacinas, da mesma farmacêutica. O cronograma inicial prevê que o País receberá mais 6,1 milhões de doses de Oxford até o fim do mês de maio.

O contrato brasileiro completo com o Covax Facility, aliança global com 191 países liderados pela OMS, indica a compra de 42,5 milhões de imunizantes até o final de 2021.


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