Falta de medicamento para câncer preocupa pacientes no RS

Falta de medicamento para câncer preocupa pacientes no RS

Última remessa de Mesilato de Imatinibe foi feita ao Estado em 7 de fevereiro

Felipe Nabinger

Carmen Costa faz uso de medicação contra leucemia que está em falta do SUS no momento

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Enquanto a Medida Provisória que prevê a obrigatoriedade dos planos de saúde de cobrir remédios orais contra o câncer, aprovada pela Câmara, aguarda sanção presidencial, quem recorre ao Sistema Único de Saúde em busca de medicações tem encontrado dificuldades. Para alguns tipos de medicamento, a demanda não vem sendo atendida totalmente pela Farmácia do Estado. É o caso do Mesilato de Imatinibe, usado para o tratamento de doenças como a leucemia mielóide crônica (LMC) e do tumor do estroma gastrointestinal, por exemplo.

“Dia 14 de janeiro recebi 15 comprimidos. Como estava em falta eles estavam dividindo entre os pacientes”, afirma a aposentada Carmen Marisa de Almeida Costa, 62 anos, que há uma década faz uso do remédio. Sem a medicação diária há mais de uma semana, ela mostra preocupação. A aposentada ressalta que uma caixa com trinta comprimidos na dosagem que toma (400 mg) pode custar, fora do SUS, R$ 18 mil. “Sempre que pego a medicação, brincam comigo que estou saindo com um carro popular”, relata.

A Secretaria Estadual de Saúde (SES) lembra que o medicamento é fornecido pelo Ministério da Saúde. A pasta afirma que há estoque na apresentação 100 mg. Já na versão de 400 mg, que tem grande demanda de uso e é distribuído também para hospitais, a última remessa ocorreu na segunda-feira, 7. No entanto, a quantidade era suficiente para três dias de cobertura. O Estado aguarda nova remessa, mas ainda sem agendamento para a entrega.


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