Falta de padrão nas nomenclaturas das vacinas contra a Covid-19 tem confundido população

Falta de padrão nas nomenclaturas das vacinas contra a Covid-19 tem confundido população

Muitas vezes, mesmos imunizantes são conhecidos por dois nomes distintos como Coronavac e Butantan

Jessica Hübler

Como os diferentes imunizantes são conhecidos por nomes diversificados como Coronavac e Butantan, se referem à vacina Coronavac

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A falta de um padrão nas nomenclaturas das vacinas contra a Covid-19 tem gerado transtornos para a população. Como os diferentes imunizantes são conhecidos por nomes diversificados como Coronavac e Butantan, se referem à vacina Coronavac. Já no caso da AstraZeneca e Fiocruz, também são dois nomes diferentes para o mesmo imunizante.

Até o momento foram disponibilizados quatro tipos de vacinas contra a Covid-19 no Rio Grande do Sul e é preciso que as pessoas que já receberam pelo menos uma dose estejam atentas para as diferentes nomenclaturas e para os intervalos entre a aplicação de cada uma das doses. O presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), Juarez Cunha, afirmou que a questão pode realmente atrapalhar no fluxo de aplicação da segunda dose das vacinas contra a Covid-19. 

"E até mesmo por provocar uma possível procura pela vacina errada", destacou. Segundo Cunha, a complexidade e a falta de padronização das nomenclaturas que estão sendo registradas e informadas às pessoas como a marca, o laboratório ou a origem da vacina realmente complica o processo. "Aparentemente há uma falha na comunicação, é preciso ser mais claro", explicou. 

De acordo com ele muitas vezes fica mais fácil as pessoas conhecerem por um nome específico como a da Pfizer e não Comirnaty, que é o nome comercial da vacina. "A mesma situação vemos com a AstraZeneca que também não é o nome da vacina e nem Fiocruz, pois AstraZeneca é o laboratório e Fiocruz é o parceiro no Brasil, já Coronavac é o nome da vacina, que é produzida pela Sinovac, mas tem parceria com o Instituto Butantan. A vacina da famarcêutica Janssen é do grupo da Johnson e Johnson, são muitos nomes e isso realmente acaba confundindo", enfatizou.

Por isso Cunha assinalou que a população precisa prestar atenção nas variações de nomes das vacinas e também para o prazo entre a aplicação da primeira e da segunda dose, que também são diferentes dependendo do tipo de imunizante recebido. "E lembrando que em certas situações dois nomes podem significar a mesma vacina como: Butantan e Coronavac; AstraZeneca e Fiocruz; Comirnaty e Pfizer; Janssen e Johnson, em todos esses casos os dois nomes diferentes vão se referir à mesma vacina", pontuou.

Vacinas disponíveis: 

Nome da vacina: vacina ChAdOx-1 ou AZD1222
Fabricante/desenvolvedor: AstraZeneca, Universidade de Oxford
Parceiro no Brasil: Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz)
Intervalo: a segunda dose deve ser aplicada entre 4 e 12 semanas após a primeira.  

Nome da vacina: AD26.COV2.S (VAC 31518)
Laboratório: Janssen-Cilag, da Johnson & Johnson
Dose única

Nome da vacina: Coronavac
Laboratório: Sinovac
Parceiro no Brasil: Instituto Butantan
Intervalo: a segunda dose deve ser aplicada entre 14 até 28 dias após a primeira.  

Nome da vacina: Comirnaty
Laboratório: Pfizer e BioNTech
Intervalo: a segunda dose deve ser aplicada com um intervalo de 12 semanas (3 meses) após a primeira.


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