Familiares de detentos protestam em frente ao Piratini pelo retorno de visitas nos presídios do RS

Familiares de detentos protestam em frente ao Piratini pelo retorno de visitas nos presídios do RS

Seapen propôs validar junto ao Judiciário e à Secretaria Estadual de Saúde (SES) possibilidade de visita humanitária em regiões com bandeira vermelha

Correio do Povo

Grupo espalhou cartazes em frente ao Palácio Piratini nesta quinta-feira

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Familiares de detentos, sobretudo mulheres, realizaram uma manifestação pela reabertura das visitas na manhã desta quinta-feira em frente ao Palácio Piratini, no Centro de Porto Alegre. O protesto foi acompanhado pela Brigada Militar. Agentes da EPTC desviaram o trânsito na rua Duque de Caxias. Depois, uma comissão se deslocou até a Secretaria de Administração Penitenciária (Seapen), na rua Voluntários da Pátria, para tratar da reivindicação.

O secretário Cesar Faccioli recebeu o grupo. Ele disse que a manifestação delas é compreensível, mas explicou que precisa seguir as regras estabelecidas pelo Comitê Estadual de Combate à Covid 19. A Seapen e a Susepe propuseram ao grupo a possibilidade de uma visita humanitária, preferencialmente apenas para adultos, mas prometeram sondar a hipótese de que crianças também possam participar, desde que haja a validação do Judiciário. "A ideia é reduzir o sofrimento dos familiares e das pessoas presas, mas sem colocar em risco a segurança sanitária", afirmou.

A possibilidade desta visita humanitária deverá ser analisada também pela Secretaria Estadual da Saúde (SES). Cada região penitenciária e casa prisional deverá estabelecer um cronograma e organizar, preferencialmente no período de Natal e Ano Novo. No entanto, a Seapen reiterou que o Plano de Contingência, estabelecido logo no início da pandemia seguirá sendo obedecido, pois é o que garante o bom resultado que vem sendo obtido no sistema prisional do Rio Grande do Sul.

A retomada das visitas presenciais, mesmo com a pandemia da Covid-19, foi permitida a partir de 16 de outubro deste ano, mas só nas regiões com bandeira laranja. “Já as visitas íntimas só serão possíveis, após a primeira semana de bandeira amarela, desde que o estabelecimento prisional esteja apto a receber visita social”, esclareceu. Nas regiões de bandeira vermelha, a suspensão permanece.


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