Feira dos Agricultores Ecologistas comemora 30 anos com show e abraço

Feira dos Agricultores Ecologistas comemora 30 anos com show e abraço

Cerca de 150 famílias de agricultores que não utilizam agrotóxico atendem geralmente entre 10 a 12 mil pessoas

Correio do Povo

Horário da Feira é é entre 7h e 13h30min, mas já existe movimento muito mais cedo

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As comemorações pelos 30 anos da 1ª Feira dos Agricultores Ecologistas (FAE), que acontece todas as manhãs de sábados no canteiro central da avenida José do Bonifácio, ao lado da Redenção, em Porto Alegre, foram encerradas com vários eventos alusivos à data. No fim das festividades houve café da manhã coletivo, solenidade aos pioneiros, inauguração de espaço multiuso para atividades culturais e praça de alimentação, show musical e um abraço. No local, cerca de 150 famílias de agricultores que não utilizam agrotóxico, vindas sobretudo da região serrana, atendem geralmente entre 10 a 12 mil pessoas. Tem até restaurantes que buscam os produtos. Os preços, em muitos casos, estão iguais ou até mais baratos do que no comércio convencional. O horário oficial é entre 7h e 13h30min, mas já existe movimento muito mais cedo.

Neto de Djalma Alves de Oliveira, um dos fundadores da FAE e já falecido, Henrique Oliveira Strehl integra a comissão organizadora da atual gestão. “Aqui tem certificado do produto ser orgânico. O processo é bem rigoroso”, observou. “Consumir orgânico é nutrir-se de verdade”, sintetizou. Segundo ele, não existe como tirar o pesticida da planta responsável por doenças como o câncer. Ele percebe cada vez mais o interesse das pessoas pela alimentação saudável e sem veneno. “Porto Alegre está com 35 feiras ecológicas, sendo oito da prefeitura. É a cidade que mais consome alimento orgânico. O pessoal quer saúde”, declarou. “Com certeza estaremos aqui nos próximos 30 anos”, garantiu.

Henrique Oliveira Strehl constatou ainda que o contato do agricultor com o público é fundamental na FAE. “As pessoas querem conhecer quem faz”, disse, advertindo que a agricultura orgânica não visa simplesmente o comércio. “Tem que gostar, entender, ser ecologista….é ter a resposta da planta ao estilo do agricultor. O orgânico não pode ser em larga escala”, considerou, defendendo a ideia de que cada cidade seja abastecida pela produção orgânica vinda das famílias de agricultores ecologistas.


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