Feiras adotam novas medidas de segurança em consequência da bandeira vermelha em Porto Alegre

Feiras adotam novas medidas de segurança em consequência da bandeira vermelha em Porto Alegre

Feira Ecológica do Bom Fim e a dos Agricultores Ecologistas fizeram duas fileiras distantes para não criar aglomerações

Correio do Povo

Na manhã deste sábado, as 120 bancas formaram duas filas com distanciamento social

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A Feira Ecológica do Bom Fim (FEBF) e Feira dos Agricultores Ecologistas (FAE) tiveram de adotar novas medidas de segurança em consequência da decretação da bandeira vermelha em Porto Alegre devido ao avanço da pandemia do novo coronavírus. Na manhã deste sábado, as 120 bancas formaram duas filas, sendo uma instalada no canteiro central sob as árvores e outra posicionada no meio da pista da avenida José Bonifácio, no sentido bairro-centro. Um amplo corredor formou-se entre elas. Cada box estava montado também com uma distância entre si de cerca de dez metros. Duplas de feirantes ficaram lado a lado no mesmo módulo, mas separadas por uma barreira física feita de lona plástica transparente. O trânsito no trecho permaneceu bloqueado.

Um dos membros da Comissão de Feira, Paulo Sérgio Ludwig, lamentou a situação provocada pela pandemia do novo coronavírus. “Reduzimos em 50% as vendas e 60% de público”, estimou. “Antes da pandemia tínhamos em torno de 12 mil a 15 mil pessoas no sábado. Hoje não chega a 4 mil”, calculou. Um dos motivos, avaliou, é de que a proibição de passear nos parques, como a Redenção, foi um dos fatores da redução de visitantes nas duas feiras, aliado ao isolamento social. Os atuais compradores, considerou, seriam moradores das redondezas e de bairros vizinhos. “É nosso público que batalhamos tanto”, resumiu.

Paulo Sérgio Ludwig revelou ainda que a diminuição de compra dos produtos comercializados na Feira Ecológica do Bom Fim e na Feira dos Agricultores Ecologistas por parte de estabelecimentos comerciais, como restaurantes, foi de 100% pois a ampla maioria teve de ser fechada neste período. “São raríssimos os que compram”, recordou.

Ele adiantou também que a organização das duas feiras estão se preparando para uma eventual bandeira preta em Porto Alegre caso a situação da pandemia do novo coronavírus agrave-se ainda mais nas próximas semanas. “Na bandeira preta teremos de controlar a entrada de pessoas nas feiras com, por exemplo, a medição de temperatura...Já estamos discutindo isso com os agricultores”, confirmou. Outro dado que será levado em conta, em relação ao ingresso do público, é de que em média uma pessoa leva em torno de 30 minutos para fazer as compras. Paulo Sérgio Ludwig lembrou que os produtos orgânicos vendidos em ambas as feiras têm preços atrativos, são saudáveis e sem agrotóxicos. “Venha comprar e depois vá para a casa. Não fiquem transitando”, conclamou.

Várias medidas de proteção contra o contágio do novo coronavírus estão sendo obedecidas. Uma delas é uso obrigatório de protetores faciais pelos expositores e público. “Temos uma regra aqui: não vendemos para quem não usa máscara”, assegurou Paulo Sérgio Ludwig. Outras recomendações aos consumidores é para que não toquem nos produtos, evitem aglomerações, respeitem a fila e aguardem atendimento, não estejam em grupos e tenham agilidade nas compras.


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