Focos de lixo são criadouros para mosquito da dengue em Porto Alegre

Focos de lixo são criadouros para mosquito da dengue em Porto Alegre

Resíduos descartados irregularmente acumulam água após dias de chuva e geram preocupação

Felipe Nabinger

Acúmulo de lixo em trecho da Dona Teodora, na zona norte de Porto Alegre

publicidade

Enquanto a prefeitura inicia a 17ª Semana Cidade Limpa, alguns pontos da cidade apresentam acúmulo de resíduos descartados de forma irregular. Em locais como a rua Coronel Solon D’Ávila, no prolongamento da avenida São Pedro, e em trechos da rua Dona Teodora, como próximo da Voluntários da Pátria e da Pernambuco, é comum ver garrafas, plásticos e todo tipo de lixo.

Com as chuvas recentes, esses resíduos acumulam água, gerando uma preocupação quanto aos focos do Aedes aegypti, mosquito transmissor da dengue e outras doenças. Em Porto Alegre, segundo dados oficiais, são 1964 casos confirmados de dengue, na maioria dos casos contraída na própria cidade. “Não é porque está chegando o inverno que a dengue foi embora. Ela continua, é perigosa e mata. É preciso manter os cuidados”, afirma o prefeito Sebastião Melo, questionado sobre o tema durante evento alusivo ao Dia do Gari.

Melo frisa que, nos espaços públicos, a prefeitura conta com o apoio do cidadão em denúncias por meio do 156. Correio do Povo acompanhou, durante a verificação desses pontos de lixo acumulado, a passagem de um caminhão da empresa terceirizada, que presta serviço ao Departamento Municipal de Limpeza Urbana (DMLU), realizando a coleta na manhã desta segunda-feira. O prefeito frisa que a Capital realiza a separação de apenas 6% do seu lixo.

“Há problemas de separação de lixo em todos os bairros, não só os mais vulneráveis”, destaca. Melo ressalta importância do cidadão contribuir cuidando da calçada, fazendo pinturas e separando o lixo, dando a correta destinação. “A cidade boa para se viver é aquela que poder público e cidadão dão as mãos para proteger”, diz.


Mais Lidas

Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895