Força Aérea destrói pista clandestina em Roraima

Força Aérea destrói pista clandestina em Roraima

Impacto das explosões de 230 quilos de bombas abriu crateras de três metros de profundidade

Agência Brasil

Impacto das explosões de 230 quilos de bombas abriu crateras

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Depois de dois adiamentos causados pelas condições climáticas desfavoráveis, com chuva forte contínua e vento intenso, caças A-29 Super Tucano da Força Aérea destruíram hoje, em Roraima, a 218 quilômetros da capital, Boa Vista, a principal pista clandestina das 10 mapeadas pela Aeronáutica há um mês. O ataque, empregando bombas de 230 quilos, foi completado ao meio-dia. O impacto das explosões abriu crateras de três metros de profundidade e dez metros de largura, inutilizando a faixa de terra de 580 metros de extensão e 15 metros de largura. A missão faz parte da Operação Ágata 4, que envolve cerca de 9 mil militares das três Forças, mais 20 agências do governo e a Polícia Federal, ao longo de cinco mil quilômetros da fronteira norte, na Amazônia. A pista era usada para voos irregulares de garimpeiros ilegais. Agentes federais sustentam que o local servia também a traficantes e contrabandistas.

O bombardeio foi monitorado a 700 quilômetros de distância, em Manaus, na sede do Comando da Força Aérea criado para atuar na Ágata. Em tempo real, o Brigadeiro Marcelo Kanitz Damasceno e o time responsável pela ação acompanharam em telas digitais os dois caças do Esquadrão Escorpião durante a aproximação, a 1.200 metros de altitude, o mergulho final, até 600 metros, e o lançamento das bombas, a uma velocidade de 550 km/hora.

Segundo o Tenente Coronel Mauro Bellintani, comandante do esquadrão, a Aeronáutica havia realizado no dia 11 de abril o reconhecimento do local, com emprego de sensores infravermelhos. Em consequência da extração ilícita de ouro, foram constatados danos à vegetação próxima e a poluição do Rio Catrimani, comprometido pelo despejo do mercúrio, utilizado no processo de mineração.


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