Fugas de água incomodam moradores de Porto Alegre

Fugas de água incomodam moradores de Porto Alegre

Dependendo do tipo de rede afetada, as pessoas ficam longas horas sem terem água potável em casa

André Malinoski

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As fugas de água são comuns em Porto Alegre. Em algumas situações, dependendo do tipo de rede afetada, as pessoas ficam longas horas sem terem água potável em casa. O rompimento das adutoras – redes de grande diâmetro, normalmente acima de 250 milímetros – ocorre em função do desgaste do tipo de material (fibrocimento, ferro, polietileno de alta densidade, entre outros); acidentes ocasionados por obras de terceiros (escavações nas vias, substituição ou implantação de postes de energia ou iluminação, lançamento de redes de gás por método não destrutivo); variações climáticas de temperatura, oscilações na pressão, mudanças urbanísticas, entre outros.

Nessa segunda-feira, era possível ver uma pequena fuga de água não potável da rede na rua Soldado José da Silva, no bairro Agronomia. “Aqui tem bastante vazamento de água. Quando caminho pelas ruas do bairro sempre vejo alguma fuga de água”, atesta o aposentado Celso Telles, 58 anos.

A opinião era compartilhada pelo morador e empresário Dario Vieira Borges, 71. “Liguei ainda no domingo para o Departamento Municipal de Água e Esgotos (Dmae), para abrirem um processo. Esse vazamento daqui já acontece há cinco meses”, reclama. Segundo relata, os profissionais da prefeitura chegam ao local, tentam o conserto, porém o vazamento recomeça em seguida. Nesta terça-feira, o Dmae trabalhava para atenuar o problema de fuga de água na estrada Antônio Borges, em um trecho dos bairros Belém Novo e Cascata, e também na rua Dona Otília, no Nonoai. As situações não diziam respeito a adutoras, que, conforme já citado, possuem diâmetro maior.

O Dmae conta com 4 mil quilômetros de redes de água em toda a cidade, desde ramais residenciais até grandes adutoras. “Entre os anos de 2019 e 2021 houve uma média aproximada de 14 serviços em adutoras por mês. Observando os números de rompimentos por ano, foram 175 serviços em 2019, 169 em 2020 e 166 serviços em 2021 (até o dia 27 de dezembro), o que demonstra que devido às obras de setorização e proteção da malha distribuidora de água – com a divisão das áreas em distritos de controle e medição –, bem como de substituição das adutoras, existe uma linha de tendência de redução dessas situações”, explica o Dmae.

Consertos recentes

Importantes adutoras passaram recentemente por reparos. As obras na adutora de aço de 300 milímetros de diâmetro, na Travessia Régis Bitencourt, conhecida como Ponte do Saco da Alemoa, chegaram a bloquear o trânsito em parte da pista por algumas horas este mês no Vão do Rio Jacuí, próximo ao km 103 da BR 290. Também ocorreram reparos no Vão do Canal Furado Grande, próximo ao km 98,5 da rodovia. Conforme o Correio do Povo noticiou, estavam sendo recuperados seis pontos que apresentavam fugas de água com o objetivo de melhorar a distribuição para os moradores das ilhas das Flores, Marinheiros e Pavão. Também foram reforçados os suportes de sustentação da adutora.

A área operacional do Dmae tenta minimizar os rompimentos de rede instalando dispositivos como ventosas, válvulas, inversores de frequência (para atenuar as oscilações de pressão) e setorizando as áreas. Por sua vez, a área de desenvolvimento possui ações voltadas para substituição de redes antigas ou materiais que apresentam maior número de eventos de rompimento. Em média, são substituídos por ano 34 quilômetros de redes como as adutoras. Conforme o Dmae, o bairro mais afetado em 2021 foi o Nonoai em função das grandes intervenções realizadas na região. Em 2020, a localidade mais atingida foi a Vila Dique, devido às obras do aeroporto e as movimentações na área.


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